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O que a Bíblia diz sobre vícios e jogos?

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Jogos de azar: uma armadilha para a família

Os jogos de azar são jogos nos quais os que têm sorte são os que ganham com o azar dos outros jogadores, devido à diferença de probabilidades entre a sorte e o azar.

Como as chances da sorte são escassas, são muitos mais os que têm azar, daí que tais jogos são sustentáveis através das perdas dos jogadores que financiam os que vão ter a sorte [6].

No Brasil, há jogos legais (considerados de sorte) e há jogos ilegais (considerados de azar). Dentre os jogos legalizados, somente de loterias existem nove modalidades: mega-sena, loto mania, dupla sena, loto fácil, quina, instantânea, loteria federal, loteca e lotogol.

Há pelos estados e municípios outros jogos também legais. Exemplos de jogos ilegais (punidos pela lei como “contravenção penal”, ou seja, delitos de menor gravidade) são: caça-níqueis e jogo do bicho.

Na prática, é discutível qual a diferença entre todos esses jogos, já que as chances de alguém ganhar são muito escassas, e a sorte é de apenas alguns poucos.

A verdade é que de uma forma ou de outra, como pontua Douglas Baptista, “o governo e os contraventores lucram e lucram muito. Mas os jogadores tornam-se compulsivos, endividam-se, arruínam a família e a própria vida” [7].

Alguns dos problemas dos jogos de azar

  • a substituição do trabalho pelas apostas
  • o corrente uso do engano e da fraude
  • esperança (ou ansiedade?) de ganho fácil baseada em um prêmio muito improvável
  • a ganância por querer cada vez mais em prêmios cada vez maiores
  • jogar compulsivamente
  • endividamento que compromete o orçamento doméstico
  •  envolvimento com agiotas e penhora de bens da família, além de ameaças e violência

A cobiça pelas riquezas é reprovada

Que outra coisa senão a cobiça pelo enriquecimento (e enriquecimento imediato) move o coração dos jogadores destes jogos? O apóstolo Paulo exorta: “…não ambicioneis coisas altivas mas acomodai-vos às humildes…” (Rm 12.16).

Como vimos na Lição passada, o trabalho é a forma ordinária estabelecida por Deus pela qual o homem deve buscar seu sustento dignamente.

Se assim o fizer com diligência, economizando, sendo fiel a Deus e partilhando com os que necessitam, Deus lhe proverá todas as coisas segundo as suas necessidades! Como diz Salomão, “…o que ajunta dinheiro aos poucos terá cada vez mais” (Pv 13.11).

A cobiça dos olhos, pela qual se ambiciona riquezas fáceis, é peremptoriamente condenada por Cristo, quando disse: “Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam” (Mt 6.19).

Nas palavras de Douglas Baptista, “a reprimenda de Jesus se refere à confiança irrestrita nas riquezas que arrebata os pensamentos, os esforços e as energias na busca dos bens terrenos.

Sob esse aspecto, o cristão deve depositar sua esperança na providência divina, e não na busca desenfreada e irresponsável de dinheiro fácil por meio dos jogos de azar”. [8]

Sorteios e rifas na igreja, pode?

Esta certamente será uma pergunta feita pelos alunos no domingo de manhã, e é bom estabelecermos uma distinção entre a imoralidade dos jogos de azar (que são viciantes e financeiramente prejudiciais) e a moralidade de uma mera rifa ou sorteio feito na igreja (que nem vicia, nem traz prejuízo financeiro a ninguém, nem também existe para gerar riquezas para uma pessoa ou grupo em particular – senão quase sempre para ser revertido em algum bem de uso comum na igreja).

Pode-se questionar se o momento do culto é o lugar adequado ou não para realização de um sorteio entre irmãos.

Não creio que o sorteio por si trará algum dano à santidade do culto, desde que feito dentro dos limites do bom senso, sem exageros e excentricidades e que não prejudique na liturgia do culto. Mas há quem recomende que tais eventos sociais (como também distribuição de cestas básicas, etc.) ocorram apenas após a finalização do culto, para não impor prejuízos à sua ordem e decência (1Co 14.40).

Com sabedoria, temor e prudência, estas questões devem ser deliberadas pela liderança local.

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Casado, bacharel em teologia (Livre), evangelista da igreja Assembleia de Deus em Campina Grande-PB, administrador da página EBD Inteligente no Facebook e autor de quatro livros.

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