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O novo homem em Jesus Cristo

Novo nascimento, justificação e santificação.

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Homem com joelhos dobrados dentro de igreja. (Foto: Pexels / Pixabay)

A justificação do novo homem

Os capítulos 3 a 5 de Romanos são certamente os mais vibrantes capítulos bíblicos sobre a doutrina da justificação, obra da graça a qual tivemos acesso pela fé (Rm 5.1,2). Se o velho homem era culpado pelos seus pecados diante de Deus, o novo homem é, pelo próprio Deus, justificado de seus pecados pela fé em Jesus Cristo, o Salvador.

A inutilidade da justiça humana

Tão importante é a doutrina da justificação, que Martinho Lutero classificou-a como “o teste de permanência ou queda da igreja”. Esta foi a doutrina que mais profundamente separou o protestantismo do catolicismo romano na época da Reforma, no século 16.

O homem não pode de si mesmo justificar-se diante de Deus. Não há justificativa para o pecado, mas há justificação para os pecadores! E esta justificação ela é imputada aos pecadores que creem em Cristo como seu salvador pessoal.

Pela justificação Cristo se põe entre nós e o Pai, e então o Pai olha para nós pelo prisma de Cristo, vendo a justiça do Filho amado sobre nós. Por isto, é inútil, como o fariseu no templo, ficarmos contando vantagem diante de Deus, e apresentando obras para parecermos melhor que os demais homens.

Os que assim procedem, pensam estar justificados, quando estão condenados no tribunal de Deus! Mas os que vão humildemente à Cristo, e batem no peito enquanto sobem o Calvário clamando: “tem misericórdia de mim, ó Deus” (Lc 18.13), estes receberão, por causa de Cristo e por meio da fé, justificação no tribunal do céu!

A maravilhosa doutrina da justificação

Justificação não é o mesmo que perdão. É muito mais que isso! Como Pai bondoso, Deus nos perdoa, mas como justo Juiz, Deus nos justifica! Os teólogos wesleyanos Orton Wiley e Paul Culberston, definem assim a justificação: “A justificação é aquele ato judicial ou declarativo de Deus pelo qual considera os que, com fé, aceitam a oferta propiciatória de Jesus Cristo, como absolvidos dos pecados, libertados da pena e aceitos como justos diante de Deus” [9].

A Declaração de Fé das Assembleias de Deus traz uma boa definição também: “Justificação é o ato da graça de Deus, o Supremo Juiz, pelo qual a justiça de Cristo é imputada a todo aquele que crê em Jesus declarando-o justo”[10].

Portanto, vê-se assim dois aspectos importantes da justificação: DECLARAR e IMPUTAR. Na verdade, na ordem inversa: Deus imputa a justiça de Cristo sobre nós, e, por causa da justiça de Cristo, Deus nos declara justos, cancelando a nossa dívida e aceitando-nos em Sua presença.

Em seu sermão Justificação pela fé, John Wesley, no século 18, tratou esta questão nos seguintes termos, removendo um equívoco que facilmente cometemos quando falamos em justificação:

“Que é ser justificado? Que é a justificação? É evidente, das observações já feitas, que a justificação não consiste em tomar o indivíduo realmente justo ou reto. Isto é a santificação; que é, na verdade, o fruto imediato da justificação, mas, não obstante, é um dom distinto de Deus e de natureza totalmente diferente. A primeira implica no que Deus faz por nós através do Filho; a outra indica o que Deus faz em nós pelo Espírito. Assim, embora o termo justificado ou justificação apareça algumas raras vezes com o sentido tão amplo que inclui também a santificação, no entanto, no uso geral, distingue-se um do outro, tanto em Paulo como nos demais escritores” (grifos meus).

O novo homem é justo

Pela justificação recebemos preciosas dádivas de Deus, que nos caracterizam como justos ou justificados: redenção dos pecados e cancelamento da dívida, restauração do favor divino, imputação da retidão de Cristo em nós, libertação da condenação do pecado, paz com Deus (Rm 5.1) e esperança e herança nas promessas de Deus (Tt 3.7).

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Casado, bacharel em teologia (Livre), evangelista da igreja Assembleia de Deus em Campina Grande-PB, administrador da página EBD Inteligente no Facebook e autor de quatro livros.

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