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estudos bíblicos

A superioridade de Jesus em relação a Moisés

Subsídio para a Escola Bíblica Dominical da Lição 3 do trimestre sobre “A supremacia de Cristo”

em

Moisés e as tábuas da Lei. (Foto: falco por Pixabay)

II. UMA AUTORIDADE SUPERIOR

No monte Sinai, ao oferecer o sacrifício que instituiu a antiga aliança, Moisés exclamou: “Este é o sangue da aliança que o Senhor fez com vocês de acordo com todas essas palavras” (Ex 24.8). Na Ceia, após a refeição pascoal, Jesus repartiu o pão e o vinho com seus discípulos e lhes disse assim: “Isto é o meu corpo dado em favor de vocês… Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado em favor de vocês” (Lc 22.19,20). Agora observe:

  1. Ambas as alianças foram seladas mediante o derramamento de sangue (Hb 9.18,22)
  2. Moisés ofereceu sangue animal; Jesus ofereceu sangue humano
  3. Moisés apontou para um sangue alheio; Jesus apontou para o seu próprio sangue
  4. Moisés falou de uma “aliança”; Jesus falou de uma “nova aliança”

O menor diz: “este é o sangue” (e é o que fazemos todos os meses quando erguemos o cálice da Ceia em oração); o que é maior diz: “este é o meu sangue”! Com o sangue de animais derramado no Sinai, Moisés consagrava para Deus o povo hebreu. Entretanto, com seu sangue derramado na cruz do Calvário, Jesus “se entregou por nós a fim de nos remir de toda a maldade e purificar para si mesmo um povo particularmente seu, dedicado à prática de boas obras” (Tt 2.14).

Moisés foi um membro da casa edificada no Antigo Testamento e mordomo em favor dela; Cristo é cabeça da casa edificada no Novo Testamento e Senhor sobre ela! Aliás, foi ele mesmo quem disse: “edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). Moisés recebeu um nome elevado entre os judeus, tanto que não raro por um recurso de metonímia (4), seu nome é citado em substituição à Torá (Conf. Lc 16.29; 24.27). Todavia, pelo sacrifício que ofereceu, Cristo se tornou o “autor da nossa salvação” (Hb 5.9), o “autor e consumador da nossa fé” (Hb 12.2), e herdou “um nome que está acima de todo nome” (Fp 2.9). Ele é o apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão! Negá-lo é privar-se da vida eterna (Mt 10.33).

Enquanto que Moisés erigiu um tabernáculo provisório no deserto, Jesus estabelece uma igreja viva dentre todos os povos, raças, tribos, línguas e nações! (Ap 5.9). Enquanto Moisés fazia mediação pelo povo no tabernáculo, Jesus “entrou no próprio céu, para agora se apresentar diante de Deus em nosso favor” (Hb 9.24, NVI). Enquanto Moisés foi o grande legislador do povo hebreu, por meio do qual a lei não só foi aplicada mas, antes, foi dada, Jesus é o grande Juiz, que “está as portas” (Tg 5.9), e que breve virá para julgar os vivos e os mortos em toda terra (Jo 5.22; 2Tm 4.1; 1Pe 4.5).

O versículo 5 diz que “Moisés foi…”, mas o versículo 3 diz que “Jesus é…”. O primeiro passou, o segundo permanece para sempre! Novamente merece destaque: Moisés não atravessou as fronteiras de Canaã com o povo sob o qual liderava; Jesus sim atravessará conosco as fronteiras da glória eterna! Ele mesmo prometeu: “virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo” (Jo 14.3). Nas palavras de Orton Wiley:

“Como Moisés tirou Israel do Egito e conduziu-o pelo deserto às fronteiras de seu alvo material, o descanso em Canaã, assim Cristo, como nosso Apóstolo, não apenas nos traz até as fronteiras do descanso em Deus, mas, como Josué, nosso grande Salvador realmente nos introduz naquele descanso que aguarda o povo de Deus” (5).

Percebe-se, portanto, que não faz o menor sentido abandonar a fé cristã para retroceder ao judaísmo, regredindo da nova para a velha aliança, do sangue da salvação eterna para o sangue da expiação provisória! É necessário “conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim” (Hb 3.6).

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Casado, bacharel em teologia (Livre), evangelista da igreja Assembleia de Deus em Campina Grande-PB, administrador da página EBD Inteligente no Facebook e autor de quatro livros.

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