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estudos bíblicos

A superioridade de Jesus em relação a Moisés

Subsídio para a Escola Bíblica Dominical da Lição 3 do trimestre sobre “A supremacia de Cristo”

em

Moisés e as tábuas da Lei. (Foto: falco por Pixabay)

CONCLUSÃO

A participação inicial na vocação celestial não implica necessariamente na participação final na salvação! A entrada no descanso eterno, na “Casa do Pai” (Jo 14.2), só é garantida aos que conservarem “firme a confiança e a glória da esperança até ao fim” (v. 6) e que não endurecerem seus corações para as palavras de Cristo, proferidas mediante o poder do Espírito de Deus (v. 15), e que retiverem “firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim” (v. 14). Os que quiserem insistir na tese do “uma vez salvo, salvo para sempre” que façam o favor de descartarem o uso da carta aos Hebreus, pois doutro modo estarão a cometer injúria contra este santo livro! O que devemos fazer, conforme admoestação bíblica, é “encorajarem-se uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama ‘hoje’, de modo que nenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado” (v. 13).

Prossigamos na fé! Se estamos sendo tentados de diversas formas, então clamemos pelo socorro de Jesus Cristo, pois somente nele encontraremos “graça que nos ajude no momento da necessidade” (Hb 4.16). Como cantamos na segunda estrofe do hino 33 da Harpa Cristã, hinário oficial de muitas igrejas pentecostais no Brasil, assim oremos todos os dias:

“Com Tua mão, segura bem a minha,

E mais e mais unido a Ti, Jesus.

Ó traze-me, que nunca me desvie

De Ti, Senhor, a minha vida e luz”

REFERÊNCIAS

(1) Craig Keener. Comentário Histórico-cultural da Bíbila – Novo Testamento, Vida Nova, p. 762

(2) Orton Wiley. A excelência da nova aliança em Cristo: comentário exaustivo da carta aos Hebreus, Central Gospel, pp. 157,8

(3) Craig Keener. Op. cit. Keener destaca que “Os autores samaritanos viam Moisés como um ‘apóstolo’, e alguns judeus viam o sumo sacerdote assim também, ainda que raras vezes.

(4) metonímia é uma figura de linguagem  que consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. Quando dizemos, por exemplo: “vamos ler Isaías”, não estamos com isso dizendo que valos ler a pessoa de Isaías, mas o livro escrito por ele. Quando a Bíblia diz em Lucas 24.27, que Jesus “começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes…”, o nome de Moisés aqui é tomado para se referir não à pessoa dele, mas aos seus escritos, isto é, o Pentateuco, onde já há prenúncios sobre Cristo.

(5) Orton Wiley. Op. cit., p. 159

(6) Calvinistas são os seguidores dos postulados teológicos de João Calvino, teólogo francês do século 16, que ensinava que era impossível a um verdadeiro salvo vir a perder a salvação. Arminianos de quatro pontos são os seguidores dos postulados teológicos de Armínio, teólogo holandês do final do século 16 e início do século 17, mas que, diferentemente da maioria dos arminianos (de cinco pontos, que creem na possibilidade real do crente vir a desviar-se finalmente de Cristo), preferem também acreditar, como os calvinistas, que um verdadeiro salvo não se perde finalmente. Historicamente falando, os arminianos de quatro pontos não gozam de respaldo nem em Armínio, nem os primeiros seguidores de Armínio no século 17 (os chamados Remonstrantes), nem em grandes nomes do Arminianismo no século 18 como John Wesley, nem em especialistas de Armínio e do Arminianismo como Keith Stanglin, nem em exegetas arminianos contemporâneos como Grant Osborne. Os cinco pontos do Arminianismo clássico são resumidos no acróstico FACTS: F – feitos livres para crer (que ressalta o papel preponderante da graça de Deus sobre o arbítrio humano, possibilitando este a tomar uma decisão por Cristo), A – a todos expiação (que expressa a convicção da morte de Cristo por todos), C – condicional eleição (que expressa a convicção na doutrina da eleição, mas condicional à fé e perseverança), T – total depravação (que ressalta a corrupção generalizada do pecado no homem e a sua incapacidade salvar-se), S – segurança em Cristo (que confirma a confiança da salvação eterna, mas condicional à perseverança em Cristo). É exatamente nesse último ponto que os “arminianos de quatro pontos” se distanciam dos outros arminianos clássicos. O autor deste subsídio segue com convicção o Arminianismo clássico em seus cinco pontos, crendo piamente na possibilidade real de um convertido vir a declinar da fé e da salvação.

(7) Bíblia de Estudo Pentecostal, nota de rodapé para Hebreus 3.8

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Casado, bacharel em teologia (Livre), evangelista da igreja Assembleia de Deus em Campina Grande-PB, administrador da página EBD Inteligente no Facebook e autor de quatro livros.

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