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No mesmo dia que Bolsonaro, ditadura da Venezuela torna oposição inelegível

María Corina Machado foi declarada inelegível pela ditadura do país.

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Nicolás Maduro ao lado de Lula (Foto: Gustavo Moreno/AP)

A principal líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, foi declarada inelegível pela ditadura do país e não poderá exercer cargos públicos pelos próximos 15 anos, de acordo com a Controladoria-Geral. A informação foi divulgada pelo deputado José Brito nesta sexta-feira, 30.

Segundo o órgão, María Corina cometeu irregularidades administrativas durante seu mandato como deputada, de 2011 a 2014. Em 2015, a Controladoria-Geral já havia imposto a mesma punição, mas com validade de apenas um ano. A atual decisão de afastamento por um período mais longo ocorreu devido ao apoio de María Corina às sanções dos Estados Unidos contra o ditador Nicolás Maduro.

Coincidentemente, no mesmo dia, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou inelegível o ex-presidente Jair Bolsonaro. Por 5 votos a 2, a Corte decidiu afastá-lo de cargos eletivos por oito anos. No entanto, o general Braga Netto, candidato a Vice-Presidência em 2022, permanece elegível.

María Corina, principal líder da oposição na Venezuela, ironizou a decisão da ditadura venezuelana em suas redes sociais. “Isso apenas demonstra que o regime já sabe que está derrotado”, escreveu no Twitter. “Agora votaremos com mais força, rebeldia e vontade nas primárias.”

Ela lidera as pesquisas para as primárias da oposição, que irão selecionar o candidato preferido dos venezuelanos para enfrentar Maduro em 2024.

Henrique Capriles, um dos opositores de Maduro, defendeu a ex-deputada. “A inabilitação de María Corina é uma ação inconstitucional, infundada e vergonhosa”, afirmou. “Rejeitamos de forma categórica esse novo exemplo do rumo antidemocrático de Maduro e de seu regime.”

Essas ações não causam constrangimento ao governo brasileiro. Na quinta-feira, 29, Luiz Inácio Lula da Silva relativizou o conceito de “democracia” ao defender a ditadura venezuelana.

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