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Regime ditatorial comunista de Maduro impede oposição nas eleições
Corina Yoris, principal candidata de oposição, fica fora das eleições.
O regime ditatorial liderado por Nicolás Maduro na Venezuela impediu que a principal frente de oposição do país, liderada pelos partidos MUD e UNT, registrasse a candidatura de Corina Yoris no site do Conselho Nacional Eleitoral, órgão responsável pela condução das eleições.
O prazo final para registro encerrou às 23h59 de segunda-feira, 25, e Corina, que já havia sido indicada como substituta de outra candidata anteriormente impedida, María Corina Machado, foi excluída da disputa.
As eleições estão agendadas para 28 de julho, e Nicolás Maduro enfrentará praticamente nenhuma oposição em sua busca pelo terceiro mandato. Com isso, o ditador, que está há 12 anos no poder, poderá estender seu período para 18 anos.
Omar Barboza, um dos líderes da coalizão de oposição, relatou que o grupo enfrentou dificuldades no sistema online do Conselho Nacional Eleitoral e não conseguiu concluir o registro da candidatura de Corina Yoris.
Desde quinta-feira, 21, nove candidatos já se inscreveram, alegando serem opositores, mas a maioria é aliada ao chavismo, e os demais não possuem relevância política, conforme análises de especialistas.
Maduro, por outro lado, não encontrou obstáculos para registrar sua candidatura e formalizou o ato na segunda-feira, 25. Ele compareceu ao Conselho Nacional Eleitoral acompanhado por milhares de apoiadores convocados pelo partido governista, o PSUV, e compartilhou fotos do evento em suas redes sociais.
O líder venezuelano alegou ter detido dois homens armados, supostamente vinculados ao partido de María Corina Machado, que planejavam assassiná-lo durante o comício do chavismo. Nas últimas semanas, vários aliados de María Corina foram presos pelo regime.
Um comunicado conjunto de sete países latino-americanos, incluindo Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Paraguai, Peru e Uruguai, expressou preocupação com o impedimento do registro de Corina Yoris. Mais uma vez, o Brasil optou por não assinar a reprimenda a Maduro, mantendo-se alinhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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