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educação financeira

Despesas: como eliminar os excessos?

Na hora de abrir a carteira e tirar qualquer real que seja, pergunte-se: “Isso é essencial ou supérfluo?”

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Prezado irmão, você já parou para pensar nos excessos que cometemos em nossas vidas? Geralmente, ocorrem em pequenas ações, que não parecem tão relevantes; são pequenas brigas, mentiras e até maldizeres que vão contra o que Deus espera de nós.

O mesmo ocorre em relação ao dinheiro, muitas vezes, nossos erros não estão nos grandes gastos, mas nos pequenos, como o consumo excessivo de cafezinhos, chicletes, chocolate, revistas, chuveiro ligado por um tempo desnecessário, comida que vai para o lixo, folhas de papel que poderiam virar rascunho, troca de aparelhos eletrônicos (quando os que você possui ainda funcionam bem), sapatos e bolsas a mais (quando já tem vários), etc.

Por isso, recomendo uma reflexão sobre como podemos mudar nossa relação com o dinheiro. Na luta por reduzir despesas, as contas de água, luz e telefone são as primeiras que devem ser analisadas. Os excessos podem e devem ser combatidos. Já vi casos de pessoas que pagavam R$150,00 pelo uso de energia elétrica e, após fazerem o diagnóstico, passaram a ficar mais atentas a isso, tendo uma redução de mais de R$80,00 no mês seguinte.

Esteja atento também às taxas de conveniência, quando você adquire ingressos para shows, peças teatrais, entre outros eventos, por telefone (nada convenientes para o seu bolso). Há empresas que chegam a cobrar mais de 10% sobre o valor dos ingressos, somente pela comodidade da compra via linha telefônica, o que, na minha opinião, deveria ser um serviço gratuito, a fim de conquistar o cliente.

As anuidades dos seus cartões de crédito também seguem essa premissa. Sendo ou não usados, estão lá taxas que, em muitos casos, extrapolam o valor de R$300,00. As administradoras fatiam esse custo em várias parcelas embutidas na fatura do cartão, e a maior parte das pessoas nem percebe ou finge que não vê.

Se você telefonar para a sua administradora e disser que cogita o cancelamento por conta dos altos valores de anuidade, imediatamente será “premiado” com dois ou três anos de isenção de taxas do seu cartão. Portanto, seja firme e mãos à obra.

Aconselho a fazer o mesmo no que se refere a taxas de adesão de serviços de internet, telefone, TV a cabo, entre outros desse tipo, além de matrículas em cursos de língua estrangeira, academia de ginástica, aulas de artes, clubes esportivos, etc.

Garanto que somando todas essas despesas você terá uma quantia considerável que poderá ser poupada na sua conta bancária, valor este que, hoje, está indo para a lata do lixo.

Portanto, na hora de abrir a carteira e tirar qualquer real que seja, pergunte-se: “Isso é essencial ou supérfluo?” E mais: “Isso é um bem que agregará valor à minha vida ou é apenas um bem que me trará um prazer momentâneo?”. E por fim: “Isso é algo que pode ser dispensado?”

Como nos diz o Evangelho, “é o Senhor quem constrói a casa, quem guarda a cidade”. Nós estamos aqui para colaborar, realizando a parte que nos cabe. O salário que recebemos no fim do mês é um dos frutos da ação da mão cuidadora de Deus. O que somos, além do que temos, vem de Deus, assim como a luz da Lua vem do Sol.

Se o Senhor o dotou de inteligência e o capacitou a exercer determinada função, dando-lhe a graça de um trabalho, é preciso que você faça a sua parte para conseguir aproveitar, de maneira plena e satisfatória, aquilo que Deus nos provê. Assim sendo, aprender a utilizar de maneira inteligente o dinheiro que ganhamos com o nosso suor também é ser agradecido ao Pai.

Pensando dessa forma e considerando essas indagações, você se sentirá mais seguro, de hoje em diante, para efetuar uma despesa. Ou dispensá-la, se a julgar desnecessária.

Reinaldo Domingos está à frente do canal Dinheiro à Vista. É Doutor em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin –www.abefin.org.br) e da DSOP Educação Financeira (www.dsop.com.br). Autor de diversos livros sobre o tema, como o best-seller Terapia Financeira.

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