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estudos bíblicos

Davi é ungido rei

Subsídio para a Escola Bíblica Dominical da Lição 7 do trimestre sobre “O Governo Divino em Mãos Humanas – Liderança do Povo de Deus em 1º e 2º Samuel”.

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Rei Davi. (Foto: Reprodução)

III. Davi: o rei que era guerreiro

1. O gigante Golias

A batalha entre o menino hebreu Davi e o gigante filisteu Golias é realmente uma das mais memoráveis passagens bíblicas (1Sm 17). Uma batalha que, ao que parece, fora decidida rapidamente, mas tornara-se épica por tudo o que ela representou para Davi, em particular, para o povo de Israel, em geral, e para a glória manifesta de Deus acima de tudo!

A descrição do gigante filisteu, especialmente pelo temor que sua presença impunha ao exército de Israel (Saul e todo o Israel “ficaram assustados e com muito medo” – 17.11), leva-nos a crer que Golias era uma verdadeira máquina mortífera, cujas ameaças deveriam ser encaradas com tremor pelos seus oponentes.

Pelo seu tamanho (quase três metros de altura), pela armadura pesada que lhe garantia tranquila defesa, e pelas perigosas armas de ataque que trazia (só a ponta da lança pesava mais de sete quilos), o gigante filisteu podia gabar-se antecipadamente da vitória, ainda mais que seu oponente era um adolescente sem treinamento oficial em táticas militares e viera à batalha sem nenhuma armadura ou mesmo armas próprias de guerra para o combate.

Ainda mais que nenhum soldado de Israel se ofereceu para o combate, Golias e os filisteus estavam com as mãos no cinturão de ouro. Mas apareceu o ousado Davi para atrapalhar os planos e sufocar os gritos arrogantes dos filisteus.

2. Davi, ungido e cheio de fé

É realmente palpitante lermos as linhas de 1Samuel 17, especialmente quando Davi espontaneamente compareceu diante do rei Saul para oferecer-se para a batalha contra o gigante: “Assim feria o teu servo o leão, como o urso; assim será este incircunciso filisteu como um deles; porquanto afrontou os exércitos do Deus vivo. Disse mais Davi: O Senhor me livrou das garras do leão, e das do urso; ele me livrará da mão deste filisteu” (vv. 36,37). Esses dois versículos demonstram a grande fé de Davi para livramento e vitória. Vejamos:

a) Livramento – “O Senhor me livrará da mão deste filisteu”. O escudo de defesa de Davi era o Senhor, que garantiria ao seu servo proteção enquanto estivesse lutando. Ó bendito escudo que nos é necessário hoje! “Israel, confia no Senhor; ele é o seu auxílio e o seu escudo” (Sl 115.9)

b) Vitória – “feri o leão e o urso, assim ferirei este incircunciso que afrontou os exércitos do Deus vivo”. Embora carregando uma funda e pedras, a grande arma de ataque de Davi era o próprio Deus, em cujas mãos estava o coração do pequeno belemita! Davi sabia que não iria à batalha para fazer graça, ganhar tempo e ficar macaqueando diante do gigante filisteu, antes estava indo para liquidá-lo como fizera outrora às feras do campo.

3. As armas do garoto

Golias, ainda que fosse uma máquina de guerra, ignorava duas coisas: a primeira é que Davi não lutaria confiando em habilidades humanas, pois “o SENHOR estava com ele” (18.14), e este Senhor, como havia dito Moisés, é “varão de guerra” (Êx 15.3); em segundo lugar, Davi não precisaria de outras ferramentas além daquelas que eram costumeiras ao seu trabalho no pastoreio: uma funda e pedras, com as quais Davi muitas vezes afugentara animais selvagens que intentavam contra as ovelhinhas de seu pai Jessé. Agora, era a vez do pequeno Davi afugentar o grande lobo filisteu que buscava devorar as ovelhas de Yavé!

Consciente de quem lhe ajudaria na batalha, Davi recusa a armadura do desviado rei Saul (17.38,39); precavido quanto à possibilidade da batalha prolongar-se, ainda que tivesse certeza da vitória, Davi colhe cinco pedras à beira do riacho, embora fosse precisar apenas de uma para vencer o gigante (v. 40).

Não parece loucura a atitude de Davi? Não seria aquele jovem reprovado por muitos hoje como sendo um “petulante”, “atrevido” ou, como precipitadamente julgou seu próprio irmão Eliabe, um “presunçoso”? Não. Davi era um ungido de Deus e o Espírito de Deus estava sobre ele (16.14)! E como dizia o hino Unção divina, interpretado por Mara Lima, “Qualquer coisa vira arma, nas mãos de quem tem unção”. A unção é que faz toda a diferença! Senão vejamos o que prometeu Jesus aos seus discípulos: “Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum” (Lc 10.19).

Mais tarde, o guerreiro Davi que também era poeta vai escrever os belos e contundentes versos: “Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus. Uns encurvam-se e caem, mas nós nos levantamos e estamos de pé” (Sl 20.7,8).

4. O contraste entre Davi e Golias

Em estatura física, Golias era gigante, Davi era pequeno; mas em estatura espiritual, o gigante era Davi, enquanto Golias era menos que uma formiga! Golias tinha muitos deuses, em nome dos quais amaldiçoou Davi; Davi, porém, adorava somente um Deus, o único e verdadeiro Deus, “o SENHOR dos Exércitos” (v. 45), em nome de quem Davi revestiu-se de força para declarar a derrota ao incircunciso filisteu.

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Casado, bacharel em teologia (Livre), evangelista da igreja Assembleia de Deus em Campina Grande-PB, administrador da página EBD Inteligente no Facebook e autor de quatro livros.

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