opinião
A razão e a arte
O relativismo moral, o descrédito do casamento e os ataques às religiões.
O célebre escritor Johann Goethe afirma que “o declínio da literatura indica o declínio de uma nação”. Através do estudo literário percebemos o contexto histórico e as concepções filosóficas preponderantes em determinada época numa dada sociedade.
Ao esmiuçar a literatura brasileira e regressarmos aos primórdios de nossa história literária encontraremos traços importantes da formação de nossa gente. Para Roger Scruton, “a cultura de uma civilização consiste na arte e na literatura por meio das quais ela ascende à consciência de si mesma e define a sua visão a respeito do mundo”.
Dentre os aspectos mais fecundos que influenciaram as produções artísticas, está o antagonismo histórico entre razão e emoção. Em cada espaço de tempo, a guerra entre esses polos moldou os pensamentos e controlou (de alguma forma) as ações humanas e estabeleceu liames para a produção artística.
O fato é que vivemos um período do predomínio da emoção. A subjetividade tem ditado regras e determinado que alucinações abjetas saiam das páginas de filósofos embriagados e encontrem agentes que impõem esses frenesis.
O conceito sobre Beleza relativizou-se e tudo passou a ser visto como arte, todavia, como bem lembra ainda o grandioso Scruton “Se qualquer coisa pode ser considerada arte, então a arte deixa de ter relevância”. O fato é que a degradação das artes antecipa a putrefação do próprio indivíduo, é bem verdade que não faltam teorias que auxiliam no avanço dessa deterioração.
Dentre os exemplos (brevemente analisados) temos: as teorias de gênero (que odeiam quando a chamamos por seu nome devido: ideologia de gênero), cujos teóricos creem que a biologia não sopesa sobre a formação sexual e identitária do indivíduo, sendo ele um mero resultado de uma construção social estabelecido de forma arbitrária e impositiva. Em outras palavras, parafraseando Simone de Beauvoir, ninguém nasce homem ou mulher, mas a sociedade impõe conceitos e papéis aos indivíduos fundamentados, erroneamente, a partir de seus órgãos genitais.
Outro agente destrutivo (na realidade um tentáculo do primeiro) são as teses do gênero neutro na linguagem, que inflige o uso de uma gramática impraticável e espurca, contrariando todas as regras e aniquilando todo o processo histórico de formação da língua. Esse processo anda lado a lado com o policialesco e grasnador politicamente correto, que esvazia as palavras de seu valor polissêmico e trata seus imagináveis referentes como verdade absoluta e incontestável.
Ademais, temos todas as bandeiras políticas abomináveis como a legalização do aborto e das drogas, uma nova concepção sobre a pedofilia e o gozo em tragédias econômicas. O relativismo moral, o descrédito do casamento e os ataques às religiões, especialmente ao Cristianismo. Tudo isso repercutindo através do que seus adeptos consideram arte (filmes, músicas, novelas, poesias e romances, etc.). Em grande parte, as pessoas o consomem sem analisar criticamente, uma vez que até a análise crítica volveu-se sinônima de concordância dessas pautas; o contrário, obviamente, é digno das ações de um ódio do bem.
Possivelmente, essas alucinações coletivas justifiquem a repulsa atual dos críticos (e de grande parte da sociedade) contra os versos de Olavo Bilac, Cruz e Souza ou Bruno Tolentino; ou mesmo de romances como Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, e de Memórias de um Sargento de Milícias, de Manoel Antônio de Almeida. Prefirem aclamar Anitta, com o seu “Vai Malandra”, a ouvir Asa Branca, de Luiz Gonzaga ou As Rosas Não Falam, de Cartola.
Ângelo Monteiro afirma que “a incapacidade de discernimento é o mais alarmante sintoma da desagregação de uma cultura, e onde a vida, assim como a arte, converteu-se em mera extensão da propaganda e do consumo e, por isso, não mais repercute valores que um dia moldou sua formação. Com o falseamento das expressões vitais e artísticas, cindiu-se também o imaginário que serviu de moldura para os sonhos, os ideais e os projetos de gerações e gerações que, por ação das imagens de sua cultura, reconheciam sua própria humanidade”. Parece-nos que ele tem razão!
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