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Policiais interrompem cultos e prendem pastores na China

A perseguição religiosa na China tem sido uma realidade para muitas comunidades cristãs.

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Oficiais chineses em igreja de Henan. (Foto: Reprodução/ChinaAid)

Autoridades chinesas invadiram cinco igrejas simultaneamente no dia 7 de maio, interrompendo os cultos dominicais e conduzindo líderes religiosos e membros para prestar depoimento em delegacias. As igrejas pertenciam à Igreja Reformada da Bíblia de Guangzhou, e o pastor Huang Xiaoning estava pregando na filial de Yuexiu quando a polícia chegou. O pastor confrontou as autoridades, afirmando que o local era alugado para o culto e que eles não tinham o direito de invadi-lo.

De acordo com o China Aid, os funcionários do Gabinete para os Assuntos Religiosos tinham em mãos uma cópia do Regulamento dos Assuntos Religiosos, argumentando que estavam fazendo cumprir a lei e tinham o direito de inspecionar o local. No entanto, o pastor Huang considerou a invasão como uma “intrusão ilegal”, uma vez que os cidadãos da República Popular da China têm o direito de liberdade de crença religiosa, o que, segundo ele, os regulamentos dos Assuntos Religiosos violam a Constituição.

Os cristãos presentes no culto gravaram vídeos da ação, e alguns policiais tentaram impedir que eles filmassem, enquanto outros permitiram a gravação, pois os membros da igreja afirmaram que a intenção era supervisionar a aplicação da lei. Durante o confronto, um dos crentes questionou a polícia sobre o porquê de perseguirem os cristãos, alegando que eles eram cidadãos cumpridores da lei.

A Igreja Reformada da Bíblia de Guangzhou se recusou a se juntar à Igreja das Três Autonomias da China, o que resultou na tomada do prédio da igreja pelo Bureau de Assuntos Religiosos e agentes de segurança nacional em julho de 2018. Em novembro do mesmo ano, o pastor Huang foi detido por cinco dias, acusado de obstruir a aplicação da lei.

Apesar das perseguições e das ações do governo, os membros da igreja continuaram a se reunir, mudando de local a cada semana e realizando cultos em diferentes restaurantes. Essa resistência e determinação resultaram em um aumento gradual do número de crentes.

A perseguição religiosa na China tem sido uma realidade para muitas comunidades cristãs, que enfrentam restrições e intervenções por parte das autoridades. No entanto, esses desafios não têm enfraquecido a fé dos cristãos, que perseveram em sua crença e encontram maneiras de se reunir e adorar mesmo diante da adversidade.

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