Partido Comunista da China instala câmeras de reconhecimento facial em templos

O governo da China ordenou recentemente a instalação de câmeras que reconhecem a face dos cidadãos cristãos em vários locais religiosos em Poyang, na província de Jiangxi. A região sofre contínua perseguição e têm um número maior de cristãos.

De acordo com o Bitter Winter, o estado demoliu várias igrejas e arrancou a cruz de vários templos, apenas alguns locais de culto foram aprovados, e é nesses locais que foi ordenado a instalação de reconhecimento facial, gastando cerca de um milhão de RMB, o que daria cerca de 813.670,00 reais.

Segundo um funcionário que instalou as câmeras de segurança, ela serve para identificar uma pessoa na lista negra da polícia. Foram feitas com a aprovação do Departamento de Segurança Pública e contém as informações de identidades registradas.

Um policial confirmou que o objetivo é monitorar os crentes, desde os conteúdos das pregações até flagrar alguém tirando fotos dos símbolos religiosos que precisam ser removidos por ordem do governo. Um pregador confirmou que se alguém desconhecido entra na igreja a polícia logo vem para saber quem é a pessoa.

Um diácono da igreja disse desolado que o governo fechará qualquer igreja que desobedecer. O diretor da Igreja dos Três Autos em Binzhou, também afirmou que o regime comunista está espionando as pessoas de todo o país.

Já existiam câmeras em muitas igrejas que tinham sido instaladas pelos comunistas, agora além delas tem o dispositivo de reconhecimento facial.

As autoridades alegam que é para proteger as construções e evitar a propagação do coronavírus, inclusive os locais que foram fechados pela pandemia só poderiam ser abertos após a instalação das câmeras, mesmo com outras medidas já em ação.

Um membro da igreja disse que participou de um evento em agosto com o seu filho, imediatamente oficiais do governo repreenderam a igreja por permitir a entrada de menores. Isso demonstra que a vigilâncias aos templos religiosos está acontecendo de forma rigorosa.

O medo se instalou nas igrejas de tal forma que líderes religiosos estão contratando seguranças para não deixar os fiéis conversar em grupos, afim de que não digam nada contra o governo e sofram retaliação.