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estudos bíblicos

Dádivas, privilégios e responsabilidades na Nova Aliança

A supremacia de Cristo

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Véu do Templo se rasgando. (Foto: Reprodução)

Os privilégios da Nova Aliança

Embora sejam muitos os privilégios da nova aliança da qual Cristo é mediador, para fins didáticos, a nossa Lição destaca três privilégios: regeneração, adoração e comunhão.

1. Regeneração – como sendo uma obra interior operada pelo Espírito Santo ao tornar a criatura degenerada pelo pecado em uma criatura regenerada pelo sangue de Cristo. E tome nota disto ainda: pelo sangue de Cristo não só o pecador que crê é regenerado ou renovado, mas também a Criação, maculada pelo pecado do homem (Gn 3.17,18), será renovada para o maravilhoso reino milenar de Cristo – a regeneração universal (Ap 21-22; Rm 8.19-23).

2. Adoração – como um caminho agora aberto, sem mediadores, diretamente para Deus, pelo qual os regenerados, ou santificados pelo sangue de Cristo, podem oferecer orações, louvor e serviço para Deus, sem receio no coração já que foram “purificados da má consciência” (10.22).

Óbvio que o véu rasgado e o novo e vivo caminho agora aberto para Deus não implica em que os adoradores estão liberados para adorarem como bem entenderem, nem que a reverência e o temor a Deus deva dar lugar à irreverência e desordem, como é possível constatar em muitas igrejas que já perderam o senso de reverência em nome de um evangelismo popular ao gosto do freguês, alguns até abusando de gírias e extravagâncias na música, na pregação ou na organização de um lugar para o culto público (alguns cultos há que se parecem mais um festival de dança, outros se parecem com um um circo, outros uma boate. Pasmem!).

O caminho está aberto para todos os salvos, e pelo sangue de Cristo o Pai nos recebe sem ira; todavia, o Pai continua sendo santo e exige santidade daqueles que se aproximam dele para cultuá-lo (Jo 4.23,24). O autor de Hebreus afirma claramente: “…adoremos a Deus de modo aceitável, com reverência e temor, pois o nosso ‘Deus é fogo consumidor’” (Hb 12.28,29, NVI).

3. Comunhão – com um novo povo, não mais por cumprimento de rituais externos impostos pela Lei, mas pela fé do coração e a santificação pelo sangue de Jesus. Este povo é a IGREJA, não mencionada explicita e diretamente na Antiga Aliança, mas fundada por Jesus Cristo no dia de Pentecostes, quando o Pai derramou o seu Espírito para constituir um novo povo que não estaria restrito por barreiras étnicas ou sociais, nem por limitação geográfica, e que receberia de Deus o poder e a vocação para anunciar as maravilhas do Senhor a todo o mundo – já que Israel falhou em cumprir sua vocação missionária na Antiga Aliança.

“Eu edificarei a minha igreja”, disse Jesus (Mt 16.18), e após o derramamento do Espírito em Atos 2, já vemos esta igreja inaugurada, onde os irmãos em Cristo “todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos” (At 2.46,47).

Embora vivamos dias de desigrejamento, onde se multiplica o número de membros pretendendo viver fora do corpo e como ovelhas sem pastor, o modelo da igreja primitiva é contrário a teoria dos desigrejados!

Como vimos no texto de Atos supracitado, os irmãos “continuavam a reunir-se”. Jesus disse que “onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles” (Mt 18.20). As cartas do Apocalipse não foram enviadas a membros desigrejados, nem à pastores sem igreja, mas à pastores com igrejas que precisavam de correção ou consolo e que deviam ser instruídas por eles conforme as orientações de Cristo.

O autor da carta aos Hebreus exorta: “Não deixemos de reunir-nos como igreja, como é o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia” (Hb 10.25, NVI). Grave isto: a Igreja não “sou eu”. Eu sou membro do corpo. A Igreja “somos nós”, pois nós somos o corpo (“um só corpo” – Ef 4.4), do qual Cristo é o cabeça! Devemos considerar um grande privilégio fazer parte do corpo de Cristo, “ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas” (Ef 4.16). Como dizia um antigo corinho:

Como é precioso, irmão, está bem junto a ti,
E juntos, lado a lado, andarmos com Jesus,
E expressarmos o amor que um dia Ele nos deu,
Pelo sangue do Calvário sua vida trouxe a nós

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Casado, bacharel em teologia (Livre), evangelista da igreja Assembleia de Deus em Campina Grande-PB, administrador da página EBD Inteligente no Facebook e autor de quatro livros.

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