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opinião

As feministas mentem e os homens são sim, essenciais

Feministas levam para o centro do debate público as frustrações que vivem no privado.

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Feministas em Porto Alegre. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Desde a década de 60 vislumbra-se um ataque à masculinidade, na verdade, os ataques iniciaram antes, mas em grandes proporções e explicitamente a partir advento da segunda onda feminista. Uma verdadeira campanha, não pró-igualdade de gênero, como tentam disfarçar, mas, sim, um intenso desejo de atribuir ao homem rótulos depreciativos. E, embora não declarem tão amplamente, vão além: almejam o fim da própria mulher.

Betty Friedan, através do livro A mística feminina, publicado em 1963, espalhou sua tese de infelicidade da mulher em desempenhar os trabalhos domésticos. Assim, cuidar do esposo, dos filhos e da casa é um papel que as mulheres exercem por imposição e despido de prazer. Friedan defendeu em seu livro que as mulheres ao se dedicarem às atividades domésticas eram infelizes, sentiam-se como se suas vidas fossem incompletas, choravam sem motivos e zangavam-se com as crianças (parece que ela descobriu a TPM). A senhora sabe tudo, que batia e tentou esfaquear o seu esposo, citando o Rev. Theodore Parker, afirmou:

Obrigar metade da raça humana a esgotar suas energias unicamente nas funções de governanta, esposa e mãe é um monstruoso desperdício do mais precioso material criado por Deus.

O site feminista Valkirias, em crítica a Friedan, declara que ela era “uma mulher que se sentia profundamente insatisfeita dentro de casa, com o seu casamento e o que lhe foi dito que se seria sua vida; e mais tarde como alguém que não soube abrir seus leques, expandir os seus horizontes para além das suas dificuldades e problemas”.

Como se percebe, as feministas levam para o centro do debate público as frustrações que vivem no privado. Apesar de sentirem-se intelectuais, desconsideraram que todas as pessoas, sejam homens ou mulheres, frise-se, passam por momentos de angústias, tristezas e dúvidas, isso não significa que devemos pautar a vida em sociedade a partir do que essas mulheres entendem como a solução para suas frustrações e incômodos. O livro Uma confissão, Liev Tolstói, também fala de angústias, medos, frustrações, e bem verdade, de redenção. A questão é que ninguém ousa apontar os problemas descritos pelo autor com base no fato de ele ser um homem. Os problemas humanos não se originam exclusivamente de seus órgãos genitais. Homens e mulheres sofrem, e ponto final.

O problema é que essa discussão galgou eco e eclodiram os lares e mutou a sociedade. Convenceram grande parte das mulheres que trabalhar fora do lar, prover e produzir riquezas é superior à função de educar um ser humano, que porventura é seu próprio filho. Cuidar da alma humana e ensinar valores é mesmo sem importância? Contraditório para quem surge justamente de uma crítica ao capitalismo.

Em A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado, publicado em 1884, Friedrich Engels e Karl Marx defendem a ideia de que as mulheres são oprimidas pelos homens. Resumidamente, os autores dizem que os homens teriam usado de sua superioridade física e dominado a mulher, tornando-a sua escrava sexual, a fim de garantir a continuidade de seus bens entre seus descendentes. Para os marxistas, essa opressão está ligada ao surgimento da propriedade privada e que a solução para essa opressão perpassa pelo fim do capitalismo. Pois, numa sociedade à semelhança do modo de vida dos primórdios, não há espaço para o Estado,  para a propriedade privada e, consequentemente, para o casamento monogâmico, bem como para a prostituição, que também teria seu fim.

Um ser mau, perverso, dominador e opressor, isso são os homens. Eles lideraram as comunidades, formaram o Estado e a política, compuseram os mais diversos espaços públicos, logo, a responsabilidade pela exploração do trabalhador, e também da mulher, é do homem. O que fazer diante deste cenário? Destruí-lo!

Que ser maligno e tão perverso é este, que deixa a mulher em casa longe do trabalho e de todos os riscos que a caça, os trabalhos desgastantes e insalubres produzem, e, que ainda leva o alimento, ou de forma mais moderna, o dinheiro para casa? Que ser tão indiferente busca o conhecimento de quem são seus filhos e destina a eles, sem que necessite fazer qualquer esforço, tudo o que com trabalho árduo conseguiu? O homem não precisaria das mulheres para alimentar-se, vestir-se, e se são tão horrendos como dizem, não teriam muitos esforços para conseguirem sexo. Ainda assim, decidiram que partilhariam o resultado de seu trabalho com sua mulher e filhos. Certamente, há uma incongruência entre a realidade e as teses nos livrinhos feministas.

Por outro olhar, será que as mulheres prefeririam que todos os homens tratassem-nas iguais a quaisquer mulheres, ou optariam que um macho concedesse atenção especial a ela e à sua prole? Qual o preço? Apenas fidelidade. Não é difícil supor a resposta. Ainda hoje, comumente, são as mulheres as mais interessadas no casamento. Isso não exclui a opção da mulher viver sexualmente livre, mas o que, obviamente, a põe em desvantagem diante das outras.

“Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam de feminino”. Lemos um trecho do livro O segundo sexo (1949), de Simone de Beauvoir. Essa declaração reverbera até nossos dias e ganhou grande força na chamada terceira onda feminista, a qual passou a discutir mais enlouquecidamente as questões de gênero como construção social. Para essas feministas as concepções e os papéis de gênero são meras construções sociais, contos de fadas repetidos para enganar, sobretudo as mulheres, e inferiorizá-las. Imaginem como iniciou essa história: Em algum lugar, numa terra muito distante, os homens orquestraram um plano maligno para oprimir as mulheres. Imagino que deva haver até ata deste dia.

Entre as principais autoras da terceira onda, encontra-se Monique Wittig (1935 – 2003), autora de Le Corpo Lesbien e uma das principais influenciadoras de Judith Buttler (outra feminista de 3ª onda), ela abertamente afirmou que “Gênero não se trata da defesa de mulheres ou mesmo de lésbicas, mas da quebra da hegemonia heterossexual”. Com a mesma mentalidade, a brasileira Berenice Bento, afirmou em uma palestra que “não existe mulher.” É (a mulher) um símbolo, e como todo símbolo é unitário, autoritário, é impositivo, mas a gente usa esse símbolo […] para construir uma agenda unificada de luta e a partir daí avançar em uma determinada agenda”. Como se percebe, a mulher é meramente um objeto para determinados fins revolucionários.

Wittig defende que a linguagem foi o meio pelo qual o homem tratou de conceber a heterossexualidade como natural e de repercutir a impressão de que só existe homem e mulher. De tanto se repetir de forma encantatória essa mentira, os outros gêneros e as outras relações foram marginalizados, logo, seria necessária uma transformação abrupta desde a linguagem, com a imposição de uma nova gramática (linguagem neutra), e novos valores construídos através da cultura, educação, política, religião, etc. Só essas mudanças seriam capazes de transformar esse sistema opressivo e injusto construído historicamente. Aqui em minhas terras do nordeste, qualquer pessoa comum que escute estas ideias perguntaria: essa mulher fumou maconha estragada, foi? Atenção às verdades cruéis: apenas a união carnal entre um homem e uma mulher é capaz de garantir à espécie humana a sua perpetuação. A realidade é coercitiva e não adianta lutar contra isso: nós nascemos homens ou mulheres, e só!

Não poucas vezes as críticas ao feminismo são confundidas com a concordância da violência contra a mulher. Um erro grotesco! O homem que agride uma mulher, e abusa de sua superioridade física não está exercendo sua masculinidade, por contrário, é justamente a ausência da compreensão de seu papel como homem protetor e seu desvio de caráter que o impulsionam a atitudes animalescas. Ainda mais, é a falta de punição firme que não barra atos tão vis como agressão à mulher. Esses são a borra da criminalidade, sendo desprezados e alvo de escárnio e grave violência até de quem vive na marginalidade. Só quem discorda que as penalidades contra os homens que agridem mulheres sejam agravadas, são as próprias feministas. Que repudiaram o PL 5398/13, que defendem que homens e mulheres usem o mesmo banheiro, que pedem prisão conforme a identidade de gênero, o que coloca mulheres prisioneiras em contato com estupradores, que retiram das mulheres conquistas esportistas e doam para “mulheres trans”. Ademais, criticam a feminilidade, a preocupação da mulher com o asseio e a estética, mas vibram com um trans que alcance seu ápice de sensualidade e performance à semelhança de um padrão feminino de beleza.

As feministas dizem lutar por direitos iguais, mas até hoje são os homens que assumem na sociedade as funções mais perigosas. Eles realizam a maior parte dos serviços de infraestrutura, são maioria em minas, vivem menos, trabalham por mais anos, cumprem a obrigatoriedade de alistamento militar, sofrem a pressão do desemprego, religiosamente são eles que recebem o dever de morrer, se necessário, por suas esposas, entre outros. E creio que nestes tópicos as mulheres não desejem ser tão iguais assim. Não quero defender a superioridade masculina; homens e mulheres são iguais em valor, mas desempenham funções diferentes. Destaco que grande parte do que as feministas atribuem o rótulo de direitos é na verdade caminho de destruição da própria mulher e consequentemente da sociedade: aborto, divórcio, libertinagem sexual, entre outros. A mulher é o esteio moral e o termômetro de civilização de qualquer sociedade, sua degradação é sinônimo de ruína.

Serva do Cristo Vivo, é casada com Diógenes Rocha e mãe de Luiza, Adonai e Maria Júlia. Amante da literatura, é escritora. Formada em Letras, pós-graduada em Linguística. Servidora pública como professora do Estado de Pernambuco.

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