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Violência contra cristãos durante o Ramadã

O mês de jejum e oração dos muçulmanos representa perseguição, violência, intolerância e ataques aos cristãos de países de maioria islâmica

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Bouba ganha a vida fazendo seu artesanato, como na foto. Ore por ele durante o Ramadã, em que a perseguição a cristãos aumenta em países muçulmanos. (Portas Abertas)

Bouba, de 40 anos, vive no extremo norte de Camarões, uma região dominada pelo Islã e também afetada pela atividade extremista do Boko Haram. Criado em uma família muçulmana, o islã era tudo o que conhecia. Até que um dia seu caminhou cruzou com o de um cristão, quando ele tinha cerca de 20 anos.

Artesão e joalheiro, ele vende suas criações no mercado local e exposições. Foi lá, no mercado, que o caminho de Bouba se cruzou com o de um missionário.

O homem comprou algumas de suas joias e se ofereceu para ler a Bíblia junto com o Alcorão com ele. Eles começaram a ler a Bíblia e o Alcorão, mas em pouco tempo, Bouba estava lendo apenas a Bíblia.

Embora ainda não fosse cristão, ele teve o primeiro gosto da perseguição em 2007, quando decidiu se casar com sua noiva, que era cristã, contra a vontade da família dele.

“Eles disseram que nunca aceitariam uma nora cristã, lavaram as mãos de mim e me expulsaram de casa”, conta. A partir daí, Bouba não podia mais desfrutar do apoio da comunidade e foi deixado sozinho. Sem ter para onde ir, teve que alugar uma casa –  uma despesa que ele não podia pagar.

No entanto, Deus estava trabalhando durante suas dificuldades. Bouba foi apresentado a um líder evangélico local que o discipulou. Só aí Bouba entregou a vida a Cristo e, em 2017, foi batizado secretamente. “Eu estava feliz.  Lia a Bíblia há muitos anos e sabia que esse era o caminho certo a seguir”, relembra o cristão.

Expressão de fúria no Ramadã

Bouba conta que, durante um Ramadã, uma demonstração de ira por causa de sua “traição” ao islã, o surpreendeu: “Minha mãe ficou tão furiosa quando viu que eu não estava jejuando, que jogou um prato em mim, atingindo meus olhos”. Embora esse ataque físico certamente tenha deixado sua marca em Bouba, a cicatriz emocional era mais difícil de suportar. Até hoje, o relacionamento de Bouba com sua família não foi restaurado.

“Eles não são violentos, mas nunca me convidam quando se reúnem ou fazem coisas em família”, diz.

Em uma sociedade que tem tudo a ver com comunidade e sobrevivência por meio do apoio da família, esse comportamento é sem dúvida mais difícil de lidar do que violência.

Agora, o grande desafio de Bouba é o isolamento financeiro que experimenta como resultado de sua conversão. “Anteriormente, eu era recebido por outros empresários muçulmanos no mercado. Eles me convidavam para exposições onde eu podia vender meus produtos. Agora sou uma pessoa de fora e não estou incluído em nenhuma oportunidade possível que possa me beneficiar”.

Resiliência e socorro para prosseguir

Mas Bouba se recusa a desistir. Ele está determinado a não voltar ao islã por causa de oportunidades econômicas. Em vez disso, permanece comprometido com sua fé, mesmo diante dessas dificuldades.

Em 2018, ele recebeu apoio financeiro da Portas Abertas para tornar seus negócios mais viáveis. “O dinheiro que recebi realmente ajudou; comprei tudo o que precisava para fazer sapatos, roupas e joias, que levei para uma grande exposição. Sou muito grato a Deus por sua ajuda. Os lucros da exposição ajudaram meus negócios e minha família a dar mais um passo”.

Ore e contribua com o cristão ex-muçulmano durante o Ramadã

O Ramadã é um período tenso para os cristãos perseguidos que vivem em contextos de opressão islâmica. Isso é notado mundialmente, tanto em países do Oriente Médio e Norte da África, como em países da Ásia (por exemplo, Indonésia e China) e da África Subsaariana. Por ser um período em que os muçulmanos se sentem unidos em uma única irmandade, aqueles que estão de fora são considerados infiéis e traidores.

Mesmo diante dessa situação, um grupo de jovens cristãos ex-muçulmanos na Indonésia vê no Ramadã uma oportunidade de expressar o amor de Jesus aos vizinhos muçulmanos.

Eles realizam várias ações práticas de aproximação com os seguidores de Maomé. Mas para que estejam preparados, precisam estar bastante firmes na fé, o que é alcançado através do discipulado. Com sua contribuição, você pode ajudá-los a crescer e ser luz nas trevas.

Para saber mais sobre essa campanha acesse o site da Portas Abertas e veja como você pode participar da vida de um cristão perseguido.

Veja o mapa de oração com pedidos para cada dia do Ramadã (para ver a lista com os dias de oração clique no ícone ao lado de “Ramadã 2020 – 1 mês de oração”).

Uma organização cristã internacional que atua em mais de 60 países apoiando os cristãos perseguidos por sua fé em Jesus

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