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opinião

Sombra Lunar e a manipulação progressista da reinvenção do mundo

“A liberdade de expressão não é a causa das tensões que estão crescendo ao nosso redor, mas a única solução possível para elas”. Roger Scruton

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Cena de Sombra Lunar, Netflix. (Foto: Reprodução / Netflix)

Que a Netflix tem uma agenda progressista embutida em sua programação, disso, nós não temos dúvidas. Em seu lançamento da semana, Sombras Lunar (In the Shadow of the Moon), uma agente do futuro volta ao passado a fim de eliminar radicais nacionalistas e antiglobalistas que levariam o mundo a um desastre no ano 2024.

De 9 em 9 anos, um alinhamento lunar permite que uma jovem exterminadora do futuro retorne no tempo para marcar para a morte pessoas portadoras de uma certa ideologia que seria responsável pela morte de muitos no mundo.

O recado, portanto, está dado: vale a remoção seletiva de pessoas obstinadas por uma visão de mundo. Essa é uma mensagem mais que subliminar desses engenheiros sociais iluminados com complexo de divindade.

O problema com essa lógica progressista é que tirar do caminho elementos supostamente perigosos cria o artifício da precognição. Em Sombras Lunar fica claro que ideias deveriam ser mortas antes mesmo de nascer. Roubando, portanto, o fluxo normal da liberdade de expressão e pensamento para salvar o mundo desses seres trevosos e primitivos quase sempre identificados como conservadores e cristãos moralistas.

Para quem acha que a arte não imita a vida, pensemos no mundo real e em um dos mais respeitados escritores do momento, Yuval Noah Harari, para quem os problemas globais como refugiados, armas nucleares, terrorismo, corrupção, exigem um governo global.

Harari acredita que só estaremos prontos para aceitar essa governança global quando sofrermos um desastre de grandes proporções. Em suas palavras, existe um grupo de pessoas que está se preparando para quando isso de fato acontecer. Eu sugiro que eles mesmo estão planejando o tal acontecimento. Eles justificam sua engenharia social brincando de deus, porque se acham iluminados, ou seja, homo deuses.

Eles elegeram a civilização ocidental e a família cristã tradicional como alvo de seu ódio mortal. Enfim, a estratégia seguinte é colocar um som bem bonito de fundo, chamar pessoas bonitas para representar sua causa, chamar de discurso de ódio quem contradizê-los e justificar por uma causa maior, a eliminação da concorrência.

Sendo, portanto, somente a retirada de um obstáculo que insiste em impedir a revolução de seguir seu curso, um mundo de paz, prosperidade, harmonia e liberdade, a verdadeira utopia.

Mas o resultado disso nós sabemos. É só olhar para história e aprender com ela. Eles dizem que vêm do futuro, mas vêm na verdade é do passado. Eles surgem dos poços do abismo do livro de Apocalipse em seus gulags, holodomor, campos da fome, pelotões de fuzilamento e indústria do aborto.

Eles usam a força a fim de nos dominar e se resistirmos, seremos malvados por não permitimos ser por eles controlados. Assim nossa maldade reside em não aceitar a manipulação progressista da reinvenção do mundo.

Teólogo, professor universitário, compositor filiado a Abramus, jornalista e escritor de 12 livros.

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