mundo
Site denuncia trabalho forçado em campos de concentração na China
Minorias étnicas e religiosas são perseguidas no país comunista.
Nesta semana foi divulgado um relatório citando evidências irrefutáveis de que, por ano, mais de meio milhão de uigures foram levados a campos de algodão para colher a mão o precioso “ouro branco”, impulsionando o crescimento lucrativo da indústria têxtil da China, desde 2018.
Adrian Zenz, o principal estudioso das perversidades que acometem os uigures, provou em uma busca meticulosa em sites do governo do PCCh, que um grupo chamado “Escola Profissional” força o trabalho alegando uma “reeducação” para a redução da pobreza.
Muitos dos jovens e idosos que conseguiram escapar dos campos, são inseridos em outro trabalho árduo chamado de esquema de “parentes”, na qual o PCCh embosca-os nos seus caminhos de casa e os compeli ao trabalho, que é supervisionado, doutrinado e avaliado o progresso ideológico de cada um.
O relatório de Zenz teve a cooperação do Center for Global Policy, um centro de estudos dos EUA, que afirmam que 20 % do algodão de todo o mundo está afetado pelo trabalho forçado, e pode gerar complicações para empresas que ainda fazem negócios com a China.
Escravidão
As descobertas surgiram na Semana Mundial dos Direitos Humanos, quando o escândalo dos abusos contra os uigures e outras minorias turcas no noroeste da China foi acusado por grupos da campanha. As evidencias mostram que além da crueldade dos campos de internamento, o PCCh mantém todos sobre vigilância por câmeras instaladas até em casas.
Zenz relatou que as descobertas também se espalham pelo mundo, que além dos fios e tecidos, o algodão cru exportado para vários países asiáticos como Bangladesh, Vietnã, Camboja, Indonésia e Nigéria, e envolve um bilhão e vinte e três milhões de dólares na indústria da China.
Uma agencia que luta contra a escravidão internacional agradeceu a chegada do relatório, através de Chloe Cranston que chamou a atenção para que a indústria global seja persuadida a analisar suas cadeias de suprimento para que se evite o lucro com o trabalho forçado, na qual pediu para que empresas não comprassem mais da região.
O rabino chefe das Congregações Hebraicas Unidas da Comunidade Ephraim Mirvis, falou nesta semana que esses abusos contínuos em que homens e mulheres são abusados em outros países diante de um mundo tão sofisticado deve acabar e não podemos desistir dessa causa, informou o Bitter Winter.
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