Projeto de Lei quer forçar homens a fazer vasectomia, nos EUA

O deputado estadual democrata da Pensilvânia, Chris Rabb, apresentou um projeto de lei que forçaria os homens a se submeterem à esterilização em resposta à lei do Texas que proíbe abortos após a detecção do batimento cardíaco fetal.

O legislador anunciou suas intenções de introduzir uma lei projetada para reforçar a responsabilidade reprodutiva entre os homens. Em um memorando, Rabb disse que por muito tempo, o debate em torno do aborto, contracepção e questões reprodutivas tem empurrado o governo para centrar as restrições à autonomia corporal de mulheres.

“Vou introduzir uma legislação que exigirá que todos os inseminadores sejam submetidos a vasectomias dentro de seis semanas a partir de ter seu terceiro filho ou 40º aniversário, o que vier primeiro. Além disso, esta legislação permitirá que os cidadãos da Pensilvânia tomem medidas civis para gravidez indesejada contra inseminadores que concebem indevidamente uma criança com eles”, escreveu ele.

De acordo com The Christian Post, e promulgada, a lei proposta ofereceria uma recompensa de US$ 10.000 a cidadãos da  Pensilvânia que não cumprirem suas exigências. Também definiria “concepção injusta” incluindo “negligência para prevenir a concepção durante a relação sexual”.

“Enquanto as legislaturas estaduais continuarem a restringir os direitos reprodutivos de mulheres cis, homens trans e pessoas não binárias, deve haver leis que abordem a responsabilidade dos homens que as impregnam”, declarou Rabb.

Em um comunicado divulgado na segunda-feira, Rabb se referiu ao seu esforço como “legislação de paródia” ao abordar a reação que recebeu. Segundo ele, as reações positivas são de pessoas que veem o valor na sátira para aumentar a conscientização sobre questões sérias como esta.

“Para cada pessoa que vê este projeto de lei que apresentei como absurdo, eu gostaria que você aplicasse esse mesmo escrutínio ás leis em lugares como o Texas e aqui na Pensilvânia, que decretam restrições paternalistas à liberdade pessoal de mulheres cis, homens trans e indivíduos não binários que têm uma gravidez indesejada”, concluiu Rabb.