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Preso do 8 de janeiro morre após passar mal na Papuda

Alexandre de Moraes não analisou o pedido de soltura apresentado pela defesa.

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Cleriston Pereira da Cunha com sua família (Foto: Reprodução/X)

Um homem detido preventivamente devido aos acontecimentos de 8 de janeiro faleceu nesta segunda-feira (20) no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos, teve um “mal súbito” durante o banho de sol, de acordo com informações da penitenciária.

Segundo um ofício da Vara de Execuções Penais (VEP), Cunha teve um “mal súbito durante o banho de sol” na manhã desta segunda-feira. O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram acionados, mas não conseguiram reanimá-lo. Ele estava detido no Centro de Detenção Provisória (CDP II), uma das unidades da Papuda.

Cunha foi preso dentro do Senado em 8 de janeiro e permaneceu sob detenção desde então. Em abril, ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por cinco crimes e tornou-se réu. No entanto, ainda não havia previsão de julgamento em definitivo.

Em setembro, a PGR concordou com um pedido de liberdade apresentado pela defesa, considerando que o término da fase de instrução possibilitava a sua soltura. O advogado de Cunha havia solicitado a conversão da prisão preventiva em domiciliar, alegando problemas de saúde relacionados à COVID-19, com sequelas graves, especialmente no sistema cardíaco.

No entanto, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, não chegou a analisar o pedido de liberdade. Após a divulgação da morte, Moraes determinou que a direção do CDP II forneça “informações detalhadas sobre o fato”, incluindo cópia do prontuário e relatório dos atendimentos realizados. Cunha tinha histórico de diabetes e hipertensão, fazia uso de medicação controlada e havia sido submetido a seis atendimentos médicos entre janeiro e maio.

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