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O que vai acontecer no milênio?

Um tempo de redenção. A natureza aguarda pelo reino milenar.

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Milênio

“Felizes e santos os que participam da primeira ressurreição! A segunda morte não tem poder sobre eles; serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante mil anos.” (Apocalipse 20.6)

Vamos ao contexto

João escreveu sobre suas visões no livro de Apocalipse e, entre elas, descreveu a cena de Satanás sendo “acorrentado” pelo período de mil anos, “lançado no abismo”, que foi “fechado e selado”. Dessa forma ele não poderá mais “enganar as nações”. 

Logo depois disso, João viu tronos, onde estavam sentadas pessoas com autoridade para julgar. Viu também os mártires ressuscitando e reinando com Cristo no milênio, como sacerdotes. O apóstolo associa essa visão ao que ele chama de “primeira ressurreição”. 

Onde será o milênio – na terra ou no céu?

O primeiro aspecto a ser observado sobre o milênio é que “as nações não serão mais enganadas”. Isso indica um tempo em que a verdade prevalecerá. Sobre a ideia de um milênio puramente espiritual é difícil de ser compreendida segundo o teólogo Luiz Sayão, por alguns motivos bem específicos. Um deles é o fato de ainda haver profecias não cumpridas no Velho Testamento, algumas feitas antes do exílio babilônico e outras depois. 

“Há profecias que nunca se cumpriram em lugar nenhum”, enfatizou Sayão. Quando e onde elas vão se cumprir ainda deve ser uma preocupação por parte da igreja, já que essas profecias são carregadas de detalhes bem específicos, além disso, tudo indica que acontecerão na terra. Veja aqui alguns exemplos:

“O lobo viverá com o cordeiro, o leopardo se deitará com o bode, o bezerro, o leão e o novilho gordo pastarão juntos; e uma criança os guiará. A vaca se alimentará com o urso, seus filhotes se deitarão juntos, e o leão comerá palha como o boi. A criancinha brincará perto do esconderijo da cobra, a criança colocará a mão no ninho da víbora. Ninguém fará nenhum mal, nem destruirá coisa alguma em todo o meu santo monte, pois a terra se encherá do conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar.” (Isaías 11.6-9)

O texto continua dizendo que as nações buscarão Jesus, que será como uma bandeira para os povos. Isso nunca aconteceu, nem naquela época e nem no decorrer da história de lá para cá. Quando Isaías disse essas palavras, ele estava em Judá, o único lugar onde as pessoas tinham o conhecimento sobre o Deus verdadeiro.  

Devemos também levar em conta a convicção da Igreja Primitiva, que sempre considerou as ideias bíblicas de um Reino de Cristo em sua plenitude, da redenção da Terra e da Criação de Deus. Como disse o apóstolo Paulo: “toda a natureza geme até agora como em dores de parto”. 

“A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados. Pois ela foi submetida à futilidade, não pela sua própria escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria natureza criada será libertada da escravidão da decadência em que se encontra para a gloriosa liberdade dos filhos de Deus.” (Romanos 8.19-21)

A citação de Paulo quanto à natureza engloba animais e vegetais, fauna e flora do mundo inteiro. Oceanos e mares, desertos e florestas. Todos os animais – mamíferos, répteis, aves, anfíbios e insetos. Sayão faz um comentário interessante sobre isso: “todo esse Universo extraordinário não pode ter sido criado como uma fantasia passageira”. Para mais detalhes deste estudo, consulte o e-book Apocalipse Investigado – CLIQUE AQUI para ter acesso.

Redenção

Essa palavra tem um significado muito especial. Redenção é o ato de redimir ou salvar; é quando o auxílio vem em circunstâncias muito difíceis. Por exemplo, quando o culpado recebe o perdão, e assim é “redimido” ou quando o devedor tem sua dívida paga por outra pessoa. Estar livre da culpa, do pecado ou da dívida é “ser livre”. 

Deus libertou o ser humano. Veja:

“Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte. Porque, aquilo que a lei fora incapaz de fazer por estar enfraquecida pela carne, Deus  fez, enviando seu próprio Filho, à semelhança do homem pecador, como oferta pelo pecado.” (Romanos 8.1-3)

Mas a humanidade ainda aguarda a plenitude dessa redenção:

“…nós mesmos, que temos os primeiros frutos do Espírito, gememos interiormente, esperando ansiosamente nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo.” (Romanos 8.23)

“E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou.” (Romanos 8.30)

O que isso quer dizer? 

Que os seres humanos terão corpos glorificados e a natureza aguarda esse momento, em que os filhos de Deus sejam revelados, e então ela também será libertada da escravidão da decadência. Quer dizer que tanto o ser humano quanto toda a Criação terão um momento de “restauração”, ou seja, voltarão ao seu estado original. 

Para o ser humano, ter um corpo glorificado é estar livre da morte e da corrupção. A Bíblia diz que “Jesus transformará os nossos corpos humilhados, para serem semelhantes ao seu corpo glorioso.” (Filipenses 3.21)

Um corpo glorioso não tem os limites humanos que conhecemos e não está sujeito às doenças, dores ou defeitos genéticos. Quanto à natureza, o que se pode entender sobre “estar livre da decadência”, é que não estará mais num estado de ruína, ela vai ser restaurada também. Essa é uma profecia que ainda não se cumpriu. 

Milênio como período de restauração 

Agora pense no que vai acontecer durante o período de mil anos, durante o reinado de Cristo. Volte a pensar na “redenção”. Deus quer salvar a sua Criação e esse processo teve início com a primeira vinda de Cristo. A conclusão se dará durante o Seu reinado. 

Para quem entende o milênio e o reinado de Cristo somente no âmbito espiritual, não há como pensar nessas profecias de restauração da Criação. Mas, para quem entende que esse reinado acontecerá na terra, é possível associar os textos de Apocalipse com os de Isaías. 

“Ele julgará entre as nações e resolverá contendas de muitos povos. Eles farão de suas espadas arados, e de suas lanças foices. Uma nação não mais pegará em armas para atacar outra nação, elas jamais tornarão a preparar-se para a guerra. Venha, ó descendência de Jacó, andemos na luz do Senhor!” (Isaías 2.4-5)

“Então se abrirão os olhos dos cegos e se destaparão os ouvidos dos surdos. Então os coxos saltarão como o cervo, e a língua do mudo cantará de alegria. Águas irromperão no ermo e riachos no deserto. A areia abrasadora se tornará um lago; a terra seca, fontes borbulhantes. Nos antros onde outrora havia chacais, crescerão a relva, o junco e o papiro. E ali haverá uma grande estrada, um caminho que será chamado Caminho de Santidade.” (Isaías 35.5-8)

Imagine isso… O mundo sendo liderado por Jesus. Somente Ele pode resolver os conflitos entre as nações. A Bíblia está dizendo que não haverá mais violência e que as armas não serão mais utilizadas para matar, mas para trabalhar. Não haverá mais guerras, nem o som de bombas explodindo, nem pessoas gritando e chorando por seus entes queridos. 

Não haverá mais deficiências físicas, nem emocionais. Haverá amor genuíno entre os seres humanos e não haverá mais motivos para discórdias por causa de política ou ideologias. Não haverá mais partidos ou divisões, sendo assim, não será necessário atacar ou defender. 

E a natureza estará em paz e equilíbrio. Não será necessário uma “cadeia alimentar” entre os animais, porque haverá alimento na terra suficiente para todos. Ninguém mais verá catástrofes naturais porque os problemas ecológicos serão resolvidos. Rios e mares serão despoluídos. 

Enquanto o tempo estiver passando, tudo estará voltando ao seu estado original. E na retrospectiva de cada ano, as notícias serão as melhores. Nunca mais se ouvirá sobre mortes por balas perdidas, pais e filhos se matando, estupro, aborto, pedofilia, tráfico de drogas, assassinatos, suicídios, tráfico humano, prostituição, perseguição religiosa, roubos, políticos corruptos ou mentiras. Nem fome, nem tristeza, nem dor ou luto. Haverá paz, justiça, segurança e alegria.

Imagine! São profecias bíblicas e elas vão se cumprir. Não é um sonho, mas uma promessa.

“Estas palavras são dignas de confiança e verdadeiras. O Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas, enviou o seu anjo para mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão de acontecer. Eis que venho em breve! Feliz é aquele que guarda as palavras da profecia deste livro.” (Apocalipse 22.6-7)

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Jornalista e pesquisadora apaixonada pela Bíblia. Desenvolveu um trabalho de "Jornalismo Investigativo Bíblico", é autora dos livros Derrubando Mitos e Apocalipse Investigado. Seus temas envolvem missões transculturais, Igreja Perseguida, teorias científicas, escatologia e análises de textos bíblicos.

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