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Líder deposta Suu Kyi é condenada a quatro anos pelo Tribunal de Mianmar

Aung San Suu Kyi pode ser condenada à até 100 anos de prisão por “incitação e violação das restrições ao coronavírus”.

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Aung San Suu Kyi
Aung San Suu Kyi (Foto: Aung Shine Oo/AP)

Nesta segunda-feira (6), um tribunal especial na capital de Mianmar condenou a líder deposta do país, Aung San Suu Kyi, a quatro anos de prisão depois de considerá-la culpada de incitação e violação das restrições ao coronavírus.

A sentença foi a primeira de uma série de casos em que Suu Kyi é processada desde que o exército tomou o poder em 1º de fevereiro, impedindo seu partido da Liga Nacional pela Democracia de iniciar um segundo mandato de cinco anos no cargo.

A líder deposta enfrenta veredictos sobre outras acusações já na próxima semana, se considerada culpada em todos os casos, pode ser condenada a mais de 100 anos de prisão. O tribunal não deixou claro se Suu Kyi, que já serviu 15 anos de prisão domiciliar, seria encaminhada para prisão pelas duas condenações ou colocado em prisão domiciliar.

A ex-relatora especial das Nações Unidas sobre Direitos Humanos em Mianmar, Yanghee Lee, descreveu as acusações, bem como o veredicto como “falso”, declarando que qualquer julgamento realizado no país é injusto, pois o judiciário é subserviente ao governo militar instalado.

De acordo com a CBN News, grupos de direitos também lamentaram os veredictos, incluindo a Anistia Internacional que os chamou de o mais recente exemplo da determinação dos militares de eliminar toda a oposição e sufocar as liberdades em Mianmar.

Os casos contra Suu Kyi são vistos como inventados para a impedir de concorrer na próxima eleição. A Constituição proíbe qualquer um enviado para a prisão depois de ser condenado por um crime de manter o cargo ou se tornar um legislador.

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