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Jornalista que incentivou protestos é executado no Irã

Regime totalitário islâmico matou profissional.

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Ruhollah Zam
Ruhollah Zam (Foto: Reprodução/YouTube)

No sábado de manhã, um jornalista exilado, acusado de inspirar protestos econômicos por todo o país em 2017, pelo seu trabalho online, foi executado pelo Irã. Ruhollah Zam, de 47 anos, foi enforcado.

Zam foi condenado à morte em junho, por um tribunal que alegou “corrupção na Terra” no seu caso, acusação usada comumente  para casos de espionagem ou por tentativa de fazer o governo iraniano cair.

Ele havia criado um site, o AmadNews e um grupo no Telegram, um aplicativo de mensagens que avisava os horário dos protestos e outras informações embaraçosas sobe oficiais que desafiavam diretamente o Irã e sua teocracia xiita.

Os protestos que iniciaram no final de 2017, se enrijeceu depois que os preços dos alimentos subiram. Os oponentes do presidente iraniano Hassan Rouhani, incitaram as primeiras manifestações na cidade de Mashahad, nordeste do Irã, com intuito de enraivecer o povo contra o governo.

Porém, os protestos começaram a se espalhar para todas as cidades que atacavam toda a classe dominante. Zam compartilhou vídeos online que desafiavam Rouhani e até o líder supremo aiatolá Ali Khamenei. Cerca de 5 mil pessoas presas e mais 25 mortas por causa das manifestações.

O jornalista esta na França, os detalhes não foram revelados, mas em algum momento ele voltou ao Irã e foi detido por funcionários da inteligência. A própria França criticou a sentença de morte como “um sério golpe à liberdade de expressão iraniana”.

Desde sua prisão em outubro de 2019, Zam disse em uma entrevista que perdeu cerca de 30 quilos, e acrescentou que só poderia ver seu pai depois de nove anos, e sua irmã e mãe depois de seis anos, informou o CBN News.

No sábado o pai de Zam, postou no Instagram que seu filho não foi notificado que havia sido condenado à execução. Filho do clérigo xiita Mohammad Ali Zam, reformista que nos anos de 1980 ocupou um cargo político no país, disse em ua carta em julho de 2017 que não apoiaria o seu filho.

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