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Como será o Céu

O Reino dos Céus existem, e não é somente a Bíblia que prova isso.

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Reino dos Céus
Reino dos Céus (Foto: Direitos Reservados/Deposiphotos)

Olá, caros amigos leitores do Gospel Prime!

Aqui vai uma pergunta de fazer muita gente se coçar de curiosidade: “Como será o céu?” Eu estou quase certo de que você já se fez esta pergunta também.

“Morrendo o homem, acaso tornará a viver?” Foi a pergunta de um dos personagens mais conhecidos e admirados da bíblia, o piedoso Jó (Jó 14:14).

O céu existe. Não somente a Bíblia prova isso, mas as ciências humanas ou exatas apontam para existência do céu.

No campo das ciências exatas, temos a primeira lei da termodinâmica. Ela estabelece que a energia e a matéria não podem ser criadas ou destruídas. Elas podem transformar-se uma na outra, mas não podem ser destruídas. Isso foi estabelecido por Eisten e demonstrado em Hiroshima. De acordo com os cientistas, nem mesmo um único átomo pode ser destruído; ele apenas muda de sua forma. Não Podemos queimar nada completamente; nós apenas mudamos seu estado de sólido a gasoso. “Se o homem cessa de existir quando morre ele é a única coisa que sofre destruição, em todo o universo. Portanto, após a morte, assim como qualquer outra forma de energia ou matéria, você e eu podemos mudar de estado, mas nunca destruídos. Esse raciocínio se harmoniza com um preceito da teologia que diz: “Deus é eterno; e sendo eterno, nada do que ele faz pode ser jamais destruído, apenas reciclado.” Nem mesmo os seres mais nefastos que exisistem, o diabo e seus demônios, serão destruídos. Serão aprisionados para sempre um dia, mas não destruídos (Ap 20:10).

Ora, se Deus não destruirá nem mesmos os demônios mais asquerosos, o que dirá de nós – “a glória da criação dele”? Jesus nos deu provas da imortalidade, e no entanto não nos parece necessário que alguém tenha que retornar do além, se levantar dentre os mortos, para nos convencer de que a sepultura não é o fim. Se o nosso Deus se digna a tocar com seu Divino poder o coração frio e sem pulso da semente enterrada e fazê-la brotar uma nova vida, será que ele vai deixar abandonada no pó a alma do homem, feita a imagem do Criador?

Na Esfera da filosofia temos a afirmação de grandes filósofos, como Emerson, que disse: “A deslumbrante evidência da imortalidade é a nossa insatisfação com qualquer outra solução.”

Meu caro amigo, existe um anseio universal da humanidade pela eternidade. Um anseio que não existe no peito dos animais, das plantas ou da criação bruta. No seu livro – “Depois da Morte, O Que Vem?” – O Dr. Madison C. Peters diz: “Os rebanhos e as malhadas sobre mil colinas, miríades de formas de insetos, todos os seres alados, escaravelos harmoniosos, os peixes que alegremente recreiam-se e saltam nos rios e mares, todos podem achar uma finalidade para os seu ser; nem um só pensamento sobre futuras necessidades perturba sua tranquilidade perfeita. Mas com o homem nunca é assim. Só ele está sempre insatisfeito, não importa sua riqueza, ou fama, conhecimento, poder ou prazeres terrenos. Desde o rei até o mendigo, o homem nunca está feliz, espera ser um dia.”

Deus quer deixar você olhar pelo olho mágico da porta do céu e permitir que você dê uma espiada por dentro do paraíso. Se você tem curiosidade de saber como é o céu, diga: “Amém!” Caso sim, veja Ap 21:1-4, onde diz: “E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”.

Vamos primeiro observar…

I – O lugar (v.1-2)

No ano 96 d.C., próximo do final do reinado do imperador Domiciano, o apóstolo João, o último sobrevivente dos apóstolos, é exilado na ilha de Patmos pelas autoridades romanas, por pregar o evangelho. Lá naquela ilha, João recebe visões sobre o desfecho da história da vida na terra. E no capítulo 21, especificamente, um vislumbre sobre como será o céu.

Ele abre o capítulo, com certeza maravilhado, dizendo: “Vocês não sabem o que eu vi… eu viu um “novo céu e nova terra” (v.1a). Todo o universo, como o conhecemos agora, será desfeito e substituído por uma nova criação, que durará para sempre.

“Novo” no Grego é “kainos” e significa frescor com respeito à idade; quando este mundo tiver terminado, será novo, como é evidente, mas nesse caso a ideia é que permanecerá novo e fresco para todo o sempre porque não há mais pecado para denegrir as condições do lugar.

Observe o que diz a parte b do verso 1: “Porque já o primeiro Céu e a primeira Terra já passaram” (v.1b) – refere-se à criação original, que foi manchada pelo pecado; “passaram” no Grego é “parerchomai” e quer dizer “passar de uma condição para outra”. Qualquer semelhança com a primeira lei da termodinâmica talvez não seja mera coincidência!

“O mar já não existe” (v.1c) – Os grandes oceanos, 11como o Atlântico e Pacífico cessarão de existir. No entanto, se você é uma daquelas pessoas que ama falar com Deus sentado numa cadeira de praia reclinável, de frente para o mar, não fique triste, aqui vai uma notícia para alegrar você: o mar terreno vai ser substituído pelo rio da água da vida, que flui direto do trono de Deus (Ap 22:1-2). Agora não será mas preciso ficar de frente para mar para falar com Deus; você vai poder falar com Deus, com os seus pés dentro do rio de vida, brilhante como cristal, olhando pra face do Senhor. Que tal?

João segue a incrível descrição dizendo: “Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus” (v.2a) – Você sabia que o céu tem uma cidade capital? Sim, isso, mesmo! Aqui está a cidade capital do céu: chamada “Nova Jerusalém”. Ela é vista descendo do céu, indicando que já existia. Ela então será enviada do céu por Deus, para se unir à terra, como presente para Jesus – “ataviada como noiva para o seu esposo”.

Alguns teólogos acreditam que no desfecho da história, a terra será totalmente aniquilada, mas a palavra grega “parerchomai” ou a palavra “passar”, que aparece no verso 1b, nunca significa “aniquilação”; mas sim, passagem de uma condição a outra. O texto parece deixar claro a conclusão de que o céu e a terra irão se amalgamar. Quando criança você já brincou de massa de modelar.? Você destrói a massa ou desmancha e molda outra coisa? Eu penso que esta é uma boa ilustração do que Deus irá fazer com a terra, desmanchá-la, e juntar outro bloco de massa junto à ela, como que numa espécie de fusão cósmica – céu e terra agora são um só lugar. Você já ouviu a expressão: “Isso é o céu na terra? Pois um dia essa interjeição vai virar realidade! Que maravilhosa notícia, é ou não é? Isso sim “é o céu na terra!”

Se os dois mundos vão se juntar, a gente conclui que o céu vai ser um lugar muito espaçoso, não é verdade? Um certo pastor disse que foi visitar uma irmã da igreja dele no leito de morte, e lá ela perguntou: “Pastor, no céu vai ter muito espaço? Quero me certificar de que vou morar longe da minha empregada!” No que o pastor respondeu: “Não se preocupe, irmã. Se continuar com esse pensamento horrível, você não precisará viver no céu; assim, não encontrará sua empregada.” Eita! Melhor essa patroa ficar esperta, você não acha?

Meu amado, o céu vai ser bem grande, mas não tão grande ao ponto de você poder viver longe de qualquer um dos seus irmãos. Falando nisso, qual a extensão do céu exatamente? Confira o verso 16b, do capítulo 21: “doze mil estádios” – o equivalente à 2.200km de cada lado – a mesma extensão do rio Uruguai; por exemplo.

São 2.200km de ruas de ouro de cada lado, onde o meio é cruzado pelo rio cristalino de vida; e na outra margem, está árvore da vida – um símbolo de vida eterna e contínua bênção (Ap 22:1-2). Mas a descrição do designing interior do céu não só se resume a isso; o céu tem 12 portas de pérolas, e as paredes celestiais são cravadas de muitas espécies de pedras preciosas e jaspes (Ap 21:18-19; 21). Agora, talvez você possa perguntar: “E quanto a iluminação?” “E aí, alguma idéia de como vai ser a iluminação do céu? Já que nem o sol, nem a lua, e nem a Celpe vão existir mais. Confira a resposta fascinante narrada no verso 23 do capítulo 21: “A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua lâmpada. Meu Deus! Que outra fonte de luz há que se comparar a essa, meu amado?

Escute as últimas palavras de Augustus Toplady, autor do hino “Rocha Eterna”. Ele viu os céus abertos e disse: “Tudo é luz, luz, luz!”

E o que dizer da experiência do que viu e sentiu a minha avó cristã, segundos antes de falecer. Minha tia estava sentada junto a cama dela e falou: “Chame por Jesus, mamãe, e vá pra junto dele.” Minha avó fechou os olhos e faleceu com um sorriso que permaneceu no rosto. Ah, eu não consigo deixar de acreditar que minha avó viu aquele que é a lâmpada do céu: Jesus! A fonte de toda luz!

É justamente nesse ponto onde eu começo a segunda parte, e a mais importante da descrição do céu a partir do nosso texto: os moradores…

II – Os moradores (v.3)

O que faz a sua casa ser tão atraente? Será porque ela tem uma cozinha bonita e espaçosa? Uma sala com uma TV grande? Uma varanda de frente pra beira-mar? Não. Mil vezes não! O que faz da sua casa um lugar especial são as pessoas que moram nela. Se há uma coisa que faz o céu ser céu, são os seus moradores. Principalmente, o morador mais importante: Jesus! Sempre ouví o meu pai dizer que só tem uma razão porque ele quer ir para o céu, não é por causa do esplendor do lugar, nem pra fugir do inferno, nem por conta das recompensas, mas porque Jesus está lá. Como eu gosto de ouvir meu pai dizer: “Onde Jesus estiver será o céu pra mim.” É assim também com você? Ah, meu amado, eu oro pra que você não perca essa esperança; e se ainda não a tem, pode recebê-la como presente de Deus ainda esta noite. Ouça essa garantia assegurada pelo próprio Deus no verso 3: “Então, ouvi grande voz vinda do TRONO dizendo: Eis o tarbenáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles.” Em João 14:6, Jesus diz ratifica essa promessa dizendo: “Eu voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver.” O grande sonho de Jesus é nos trazer pra junto dele um dia, amados, seja por meio da morte ou através do arrebatamento da igreja. Você já imaginou estar com Jesus, em pessoa, para sempre? Se você crê que esta promessa é pra você diga, amém!

Deus é o habitante mais ilustre do céu. No entanto, o céu terá outros habitantes: animais (possivelmente), pois Deus criou os animais e disse que eram bons (Gn 1:25); muito embora só o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus – apto a uma espiritualidade. Daí a dúvida se os animais vão povoar o céu. João, meu filho queria que eu garantisse que o nosso cachorro, Pingo, vai pra o céu. Minha única resposta para João é: “João, Deus é justo e quando chegarmos no céu estaremos de completo acordo com a decisão dele sobre o nosso cachorro. Os demais habitantes do céu, além de, possivelmente, os animais, são os anjos. Nós encontramos essa certeza claramente no capítulo 18 de Mateus, verso 10, que os anjos estão lá. Onde diz: “Cuidado para não desprezarem um só destes pequeninos! Pois eu lhes digo que os anjos deles NOS CÉUS estão sempre vendo a face de meu Pai celeste.” A outra classe de habitantes do céu serão as pessoas que encontraram paz com Deus no momento em que confessaram Jesus como seu Senhor. Eu me lembro que quando os meu avós morreram (ambos cristãos) eu entrei na casa deles, meses depois. Meu avô era o meu melhor amigo. Era a primeira pessoa que eu esperava encontrar lá. Ele era pescador e cearence. Conversar com o meu avô era a garantia de ouvir as histórias mais fantásticas e as mais divertidas também. Depois que o meu avô morreu, entrar na casa dele fez o meu coração doer. Em cada cômodo eu podia agora somente me lembrar dele e sentir saudade. Aquela casa já não era mais um céu. O que faz o céu ser céu, são os seus habitantes. Jesus em primeiro lugar, e os nossos entes queridos em segundo. Mas a história não termina com um final infeliz, nem para o meu avô, nem pra mim, nem pra ninguém que tem uma cadeira, um berço, ou uma cama vazia em casa, deixados por seus familiares cristãos.

Um dia eu vou reencontrar o meu avô lá. E você vai reencontrar todos a quem você convidar a confessar Jesus como Senhor. Confessar Jesus como Senhor é o caminho para o céu. Rm 10:9-10 diz (…); Jesus mesmo declara: “Eu sou o caminho para o Pai, e não há outro.” E nas palavras do apóstolo Pedro: “Em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”.

Meu amado, você está certo de que será um cidadão do céu? Jesus quer presentear você com esta certeza nesta noite. Agora, vamos à terceira e última parte da descrição do céu. A parte que, acredito eu, mais vai esclarecer algumas dúvidas de muitos pessoas. Porque considerei as perguntas que frequentemente me fazem sobre o céu. Diz respeito a mente dos moradores…

III – A mente dos moradores (v.4)

Ap 21:24 descreve: “As nações andarão mediante a sua luz.” Um dia todos andarão em unidade completa – um com o outro, e todos, com Jesus; com a direção de Jesus, completamente e continuamente. Uma direção exclusiva, sem nenhuma influência da nossa carne atual, mortal e pecaminosa, que funciona como um imã, nos atraindo para o erro.

Então, se toda a nossa vida pecaminosa vai ficar para trás, e se falando francamente, milhares de cenas da nossa vida são recheadas de pecados; isso quer dizer que a nossa memória de vida na terra vai ter que ser apagada, para evitar outros pecados, certo? Errado! Jesus não irá apagar a memória de ninguém; apesar de que é justamente isso que alguns acreditam que a bíblia parece dizer em Is 65:17: “Pois eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas.” Mas, na verdade não existe mistério nenhum aqui. E essa suposta dúvida some de vez quando você lê o final do verso anterior, o 16, que diz: “Porque já estão esquecidas AS ANGÚSTIAS passadas e estão escondidas dos meus olhos.” Agora, note o que exatamente será apagado da sua memória: as angústias. O profeta Isaías recorreu aqui a uma figura de linguagem chamada sinédoque. É um recurso em que você representa o todo retirando uma parte. Por exemplo: Você come uma fatia de bolo de chocolate preparado por uma boleiro de mão cheia, e então diz: “Huumm, que bolo delicioso!” Veja que de uma fatia, na verdade, você se refere ao bolo inteiro. É o mesmo que o profeta Isaías faz aqui quando diz: “Estão esquecidas as angústias”. Qual é o todo a que ele está se referindo? A sua memória toda? Não, de forma nenhuma. “O todo” é listado no verso 4 do capítulo 21: “As lembranças de lágrimas de tristeza, a lembrança das separações que a morte causou, as lembranças que causaram dor de qualquer natureza. Ou seja, “o todo” a que Isaías se refere e apenas o PECADO. E sabe qual é o melhor de tudo? Não vai ser somente você quem vai esquecer o seu pecado. Eu vou repetir só a última parte do versículo de Is 65:16 parafraseada, pra reforçar a maior esperança que Deus deixou pra você a respeito dos seus pecados. Ouça Deus lhe dizer agora: “Filho(a), no céu todas as suas angústias terão passado e eu também não lembrarei delas”. Ah, meu amado, que mais preciosa esperança pode haver do que Deus prometer um dia nunca mais lembrar dos nossos erros?

Agora, se as nossas lembranças boas nos acompanharão no céu, então, nos lembraremos das nossas relações daqui da terra: família, amigos e até conhecidos. O respaudo bíblico pra assegurar que vamos lembrar das pessoas que passaram por nossa vida na terra é a história de Lázaro e o homem rico, contada por Jesus em Lc 16:19-21. O homem rico pediu a Abraão que enviasse Lázaro de volta à Terra para advertir os seus irmãos a não para o inferno. Isso demonstra que ele era capaz de se lembrar dos seus parentes.

Poder lembrar dos parentes é com certeza uma ótima notícia pra os casais que se amam; é, ou não é? Então, um marido apaixonado, ou uma esposa apaixonada pode perguntar: “Mas eu vou poder beijar ele(a)?” Sinceramente, não tem como saber. Mais uma razão para você que é casado beijar o seu cônjuge o máximo que puder enquanto é tempo! Rsrsrs.

Jesus, a propósito, tocou no assunto sobre relações matrimoniais no céu. Em Mt 22:30, ele diz: “Na ressurreição, as pessoas não se casam; são como os anjos do céu.” Em outras palavras, no céu os cônjuges serão livres das obrigações do matrimônio no modelo terreno. Por exemplo: No casamento, o homem exerce o papel de protetor. Será que ele vai precisar proteger a esposa no céu? Lógico que não. À mulher é dada a missão de dar à luz. Será que ela iria precisar dar a luz no céu? Também não. O homem vai ser o cabeça dela no céu? Também não. O homem vai precisar ganhar o pão com o suor do rosto no céu? Também não. O casal vai precisar ter relações sexuais pra sentirem comunhão completa no céu ou êxtase? Claro que não. Ouça o que diz Jeremias 23:24b: “Porventura, não encho eu os céus?” Meu amado, uma vez no céu, quem quer que esteja lá é preenchido pela glória do Senhor.

Marque estas palavras, pois vêm de Deus, meu amado: “No céu a glória de Deus será o seu êxtase de efeito eterno, completo e inigualável!”

Mas observe que em nenhum lugar da bíblia é dito que quem foi casado aqui na terra não pode escolher ficar muito tempo juntos lá no céu. Se fosse assim, onde estaria o seu livre arbítrio, que foi dado a você como dom de Deus? Romanos 11 e 29 diz que o dom de Deus é irrevogável. Você terá escolha para sempre, meu amado. Pois amor condicionado não é amor.

Só que Deus deixa uma pista para que você possa tentar presumir de quem você vai querer, por livre escolha, estar perto lá no céu. Veja o que diz a última parte do versículo 3, do capítulo 21, mais uma vez: “Eles serão povo de Deus, e Deus mesmo estará com eles”. Ah, meu amado, de pé diante do trono de Deus, contemplando a face dele, você acha que você vai querer ficar fitando o relógio para saber que horas deve dar uma paradinha para passar um tempo sozinho com a sua família? Se quando estamos de joelhos diante do trono de Deus hoje, em nossos melhores momentos de oração, não queremos que acabe; o que dizer de quando estivermos de pé diante do trono do próprio Deus?

Muitos imaginam que ações ou tarefas o cristão vai realizar no céu. Isso a bíblia não menciona especificamente. Muitos perguntam se no céu podemos comer, por exemplo. Eu não sei você, mas eu adoraria que houvesse churrasco no céu. Bom, churrasco, é improvável que vamos encontrar lá, mas é possível que vamos comer; embora não pelas mesmas razões que fazemos aqui na terra. A hipótese está lá em Lucas 24:39-41: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. E, dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E, não o crendo eles ainda por causa da alegria, e estando maravilhados, disse-lhes: Tendes aqui alguma coisa que comer?” Aqui cabe uma pergunta intrigante: ora, se Jesus, já com o corpo ressurrecto, quis comer com os discípulos, não poderia ser por fome, certo? Então, por qual outra razão seria? Por comunhão. E se o Mestre viu tanto significado em comer com os seus discípulos na terra, mesmo em seu corpo glorificado, é provável que ele queira que comamos todos com ele, com ele no céu. Com que finalidade? Comunhão. Apesar de ser, vale frisar, um raciocínio especulativo. Acredito que o texto dá margem para a hipótese.

Como eu mencionei minutos atrás, a bíblia não menciona especificamente que ações iremos realizar além de uma: “reinar com Jesus” (Ap 22:5). Reinaremos andando mediante a luz de Jesus. Que ação pode ser mais honrosa e prazerosa do que essa, meu amado?

Por enquanto que andamos aqui na terra; é impossível caminhar mediante a luz de Jesus todo o tempo. Muitas vezes, peregrinamos no deserto da ansiedade, do pecado, e do esgotamento emocional. Quanto a isso, eu quero deixar para você as palavras de Moody, um evangelista conhecido do século dezenove: “Tenha coragem. Andamos no deserto hoje, e na Terra Prometida amanhã.”

Deus te abençoe muitíssimo.

Bacharel em teologia pela Faculdade Teológica e Apologética Dr. Walter Martin e mestrando em teologia ministerial pela Carolina University - Winston-Salem/NC/EUA. Pastor sênior da Igreja Batista Candelária em Candeias, PE, desde 2016. Escritor - autor do livro: Endireita-te com Deus - 7 Passos para uma Vida Emocional e Espiritual Plena. Casado com Shirley Costa, e pai do João Gabriel.

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