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política

Brasil cai de 2º para 6º em ranking de combate à corrupção na América Latina

Anulação da Lava Jato pode ter sido fator decisivo para avanço da corrupção.

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Sérgio Moro (Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil)

Segundo a recém-divulgada edição do Índice de Capacidade de Combate a Corrupção (CCC) 2021, o país sofreu a maior queda comparado às 15 outras nações da América Latina analisadas.

Desde 2019, o Brasil começou a cair em relação ao combate à corrupção, foram quatro posições, já que no ano referido o país ocupava a segunda colocação com o melhor combate à corrupção.

Já em relação ao ano passado, o Brasil caiu do quarto lugar para o sexto, no ranking geral da pesquisa realizada pela Americas Society/Council of the Americas (AS/COA) e pela Control Risks.

A pesquisa, que está na terceira edição, tem como objetivo medir a capacidade dos países da América Latina de combater a corrupção, na qual apresentou uma trajetória preocupante do Brasil, segundo Thomaz Favaro, diretor da Control Risks.

“Recentemente o país sofreu alguns reveses, com uma série de tentativas de ingerência governamental sobre órgãos chave, como a Polícia Federal e o Ministério Público, e também uma série de decisões judiciais que impactaram a luta anticorrupção”, diz Favaro.

Para ele, o que tem diminuído a eficácia do Brasil para combater a corrupção é a prisão em segunda instância, que aumenta o risco da impunidade, bem como a delação premiada.

Problemas nos poderes brasileiros

Além disso, o relacionamento entre os poderes Executivo e Legislativo tem sido alarmante, pois o processo legislativo permanece muito dependente ainda da concessão de gastos públicos da parte do governo.

Da mesma forma, atualmente as pessoas não têm se mobilizado mais para combater a respeito do tema, em relação há quatro cinco anos atrás quando havia manifestações em massa contra a corrupção.

O relatório também aponta que as recentes decisões judiciais beneficiaram réus importantes na investigação Lava Jato, incluindo o ex-presidente Lula dentre outros, invalidando decisões do processo.

Referente a um valor de 0 a 10, o Brasil recebeu nota final de 5,07 neste ano, uma média das notas atribuídas a três subgrupos: capacidade legal (5,15), democracia e instituições políticas (4,16) e sociedade civil e mídia (6,34), segundo a Gazeta do Povo.

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