pastoral
“Pecados sexuais passados não te desqualificam para ser pastor”, diz Piper
Pastor explica que comportamentos condenáveis antes da conversão não fazem mais parte do caráter cristão.
Um líder cristão deve ser irrepreensível, respeitável, prudente, marido de uma só mulher, apto para ensinar e não apegado ao dinheiro, entre outras especificações contidas em 1 Timóteo 3.1-13. Mas e quanto aos pecados do passado? Será que um homem se torna desqualificado para o cargo de pastor caso seus maiores erros tenham sido na vida sexual? Essa é a dúvida de um jovem que questionou John Piper em seu podcast “Pergunte ao Pastor John”.
Piper, em sua resposta, afirmou que o passado não é o único critério para desqualificar alguém para o ministério pastoral, e sim se o caráter da pessoa é escravo da sensualidade, pornografia ou falta de autocontrole. Ele também citou o exemplo do apóstolo Paulo, que era cúmplice do assassinato de Estevão, líder nos esforços para acabar com o cristianismo através de prisões injustas e se descreveu como o principal dos pecadores. Isso mostra que, assim como Paulo, qualquer pessoa pode ser transformada por Deus e se tornar um líder cristão.
Ao considerar a pergunta do jovem ouvinte, Piper explicou que a tradução bíblica pode confundir as pessoas ao usar a expressão “homem de uma só mulher”, e esclareceu que a intenção de Paulo era falar do casamento e da fidelidade conjugal, não da vida sexual dos solteiros.
O que a Bíblia enfatiza é que os líderes cristãos não podem ter envolvimento com imoralidade sexual à luz das Escrituras. Piper alertou que a fornicação não é uma espécie de casamento, e a semelhança sexual com o casamento é imoral e espiritualmente feia.
“Mas o nosso jovem amigo arrependido e transformado não deve usar 1 Timóteo 3.2 e achar que foi excluído do presbitério”, disse Piper no Desiring God. Ele citou 1 Coríntios 6.9-11, onde diz que os imorais não herdarão o Reino de Deus, mas os que foram lavados, santificados e justificados no nome de Jesus sim.
Portanto, a conclusão de Piper é que os presbíteros da igreja desse jovem devem avaliar cuidadosamente e biblicamente suas qualificações para o ministério e não deixar que o pecado passado de fornicação seja decisivo para excluí-lo. Afinal, qualquer pessoa pode ser salva de seus pecados e transformada por Deus.
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