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estudos bíblicos

Os gigantes da fé e o seu legado para a Igreja

Exposição sobre o capitulo 11 de Hebreus

em

A fé que dá poder para avançar

A última tríade deste nosso estudo dominical é:

1. Josué (seu nome significa O Senhor salva) – sucessor de Moisés, responsável por introduzir o povo hebreu na terra prometida. O texto de Hebreus 11 não cita seu nome, mas faz referência a sua liderança no episódio em que “Pela fé, caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias” (Hb 11.30). Este episódio da queda do muro de Jericó está registrado em Josué 5 e 6.

De que outra maneira que não pela fé, creríamos que aquela larga muralha em volta de Jericó (tão larga que Raabe poderia morar sobre ela) ruiriam ao toque das trombetas e sob o grito da multidão, após o total de 13 voltas dadas pelos hebreus? Fosse alto e estridente como fosse o barulho daquelas trombetas e dos gritos, as muralhas sequer seriam riscadas se dependesse só da estratégia humana.

Deus é que fez, em resposta à fé obediente de seu povo, aquela muralha intransponível desabar! “O SENHOR lhes entregou a cidade!”, disse Josué ao povo (Js 6.16).

Jesus disse que se tivermos fé como um grão de mostarda (não fé apequenada, mas fé crescente, que se agiganta nas dificuldades – conf. Mt 13.31,32), poderemos ordenar aos montes: “passa daqui para acolá!”, e eles passarão. Claro, esta é uma linguagem hiperbólica (exagerada) de Jesus para dizer que pela fé podemos fazer coisas extraordinárias e que são impossíveis aos homens. “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9.23).

2. Raabe (seu nome significa abundante, amplo) – é a famosa ex-prostituta de Jericó, mulher que ganhava a vida vendendo seu corpo. Mas um dia ela ouviu falar dos grandes feitos do Senhor Yavé em favor de seu povo, os hebreus, quando aniquilou a fúria do faraó, sepultando seus exércitos no mar vermelho, e dando vitória a Israel diante de grandes reis e inimigos (Js 2.8-10).

Ninguém pregou para Raabe, nem mesmo os dois espias que se esconderam em sua casa, sobre as muralhas de Jericó. Mas os relatos que ela ouviu até muito antes daqueles homens chegarem e a ameaça agora iminente da destruição de sua cidade, foram suficientes para incliná-la a reverenciar o Senhor com temor e reconhecer a supremacia do Deus de Israel: “o SENHOR [Raabe não usa um mero pronome de tratamento, mas chama o Deus de Israel pelo nome, Yavé, como consta no texto original hebraico], o seu Deus, é Deus em cima nos céus e embaixo na terra” (Js 2.11). Raabe pediu clemência aos espias de Israel, e ela e sua família foi poupada. Tamanha foi a fé de Raabe no SENHOR, que ela, sendo estrangeira, foi incluída na linhagem de Jesus (Mt 1.5).

A história de Raabe nos ensina que não podemos silenciar os grandes feitos miraculosos do Senhor, deixando de contar aos outros o que Deus têm feito por nós. Raabe ouviu relatos de milagres, e porque eram verdadeiros, ela creu neles e temeu ao Deus de Israel. Um testemunho de cura ou libertação pode produzir fé em outras pessoas e mais que atraí-las a um culto, pode leva-las a adorar o Deus dos deuses! Como dizia Pedro e João, “não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (At 4.20).

3. Gideão (seu nome significa talhador, cortador) – foi o “varão valoroso” (homem valente – Jz 6.12) escolhido por Deus no tempo dos juízes, quando em Israel ainda não havia reis, para liderar o povo hebreu na vitória contra seus inimigos, os midianitas, que de quando em quando assolavam a terra, tomando os frutos do povo do Senhor, largando-o à miséria. Os midianitas eram um povo forte e numeroso, e para guerrear contra eles, Gideão começou com um grande contingente de soldados: 32 mil. Entretanto, bastou o grito: “Covardes, voltem!”, para este número ser reduzido à 10 mil (Jz 7.3). Mas ainda “havia muita gente” na perspectiva divina, embora na ótica humana aquele fosse um número pequeno para o confronto.

Deus não queria que os homens se gloriassem nos números, julgando-se os conquistadores da vitória, e também desejava que Gideão confiasse que do Senhor viria a vitória a despeito do pequeno número de combatentes (Jz 7.2). Após um teste de prudência a que aqueles dez mil foram submetidos, restaram apenas e tão somente Gideão e seus 300 valentes.

Raciocine: quem, senão um homem dotado de muita fé, iria com mais 300 homens para uma guerra contra o temido exército midianita? Mas, embora tenha pedido provas a Deus do que deveria realmente fazer – Gideão não tinha dúvidas de Deus, mas dúvidas de suas próprias percepções sobre o que Deus queria para ele (era uma dúvida boa, portanto, que livra-nos de agir com precipitação) – aquele varão valoroso estava seguro de que sua vitória seria certa porque o Senhor estava com ele (Jz 6.12), e porque o Senhor o tinha enviado para aquele fim (Jz 6.14).

Com Gideão aprendemos que o Deus que chama e envia é o Deus que capacita e garante a vitória! Não é com muitos homens que se conquista a vitória, mas com confiança em Deus que desbarata os exércitos inimigos, afugenta o diabo e triunfa sobre o mal! Se Deus está do nosso lado, seremos sempre a maioria, independente do contingente humano; e seremos sempre “mais que vencedores” (Rm 8.37), independente dos desafios. Não temas, crê, somente! (Mc 5.36).

Conclusão

O próprio autor de Hebreus admite que faltaria tempo (e acrescento: espaço) para falar de todos os heróis e heroínas da fé nos dias passados (10.32), então o aluno da Escola Dominical não deve estranhar a ausência de nomes de muitos personagens admiráveis do Antigo Testamento.

As três tríades que estudamos são suficientes para ensinar a homens e a mulheres que “sem fé é impossível agradar a Deus, pois é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que é galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6).

Já dizia um antigo hino que costumávamos cantar: “Cada vez que a minha fé é provada, Tu me dás a chance de crescer um pouco mais”. Portanto, vamos romper em fé a cada dia! Vamos seguir adiante, a despeito das tribulações. Vamos imitar a fé destes vencedores do passado e como eles também triunfaremos sobre as adversidades daqui.

Deus é maior, e Ele está conosco! No dia da angústia, nas noites frias e escuras, quando os recursos humanos se acabam e as portas se fecham, não devemos nos mostrar frouxos (Pv 24.10), antes, é aí mesmo que devemos erguer nossos olhos aos céus, clamar por socorro e crê que Deus do alto de sua glória nos ouvirá e nos responderá e nos dará tudo o que precisamos, segundo sua infinita bondade e misericórdia.

Sim, esta promessa é para nós: “buscai primeiro o reino de Deus e as demais coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33); “e se alguém me servir, meu Pai o honrará” (Jo 12.26).

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Casado, bacharel em teologia (Livre), evangelista da igreja Assembleia de Deus em Campina Grande-PB, administrador da página EBD Inteligente no Facebook e autor de quatro livros.

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