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opinião

O sentido da vida

Se há sentido para praticamente tudo na vida, como ser alheio ao sentido da criação primordial de todas as coisas?

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De certo modo, todo ser humano vive em busca do sentido da sua existência. Captar e discernir a realidade são objetivos inerentes a todo mortal que possua certo grau de racionalidade. Estamos num tempo em que a ciência nos ajuda a perceber algum sentido na existência de estruturas simples que vão desde uma ameba até a mais complexa cadeia química existente. Logo, grande parte da população acredita existir um sentido plausível para a maioria das coisas, seja do ponto de vista científico, filosófico ou religioso.

Normalmente acredita-se que a matéria possui uma causa em relação a sua existência ou criação. Sendo assim, se fizermos uma regressão em relação a tudo que existe, iremos perceber facilmente que há certo sentido (proposto pela ciência, filosofia ou religião) em todas as etapas desta regressão até que cheguemos ao seu final (ou começo), naquilo que a ciência nomeou como “Big Bang”. Junto ao “Big Bang” ou até mesmo antes dele, encontramos o que é chamado no meio filosófico-religioso de “creatio ex nihilo”, ou seja, a criação primordial a partir do nada. Diante disso, algumas perguntas surgem para nos fazer pensar:

Se há sentido para praticamente tudo na vida, como ser alheio ao sentido da criação primordial de todas as coisas?

Qual o sentido em acreditar que a existência de todo o universo se deu, inicialmente, totalmente por acaso?

Qual é o sentido em acreditar que o acaso “startou” primordialmente este ovo cósmico?

Sentido, sentido e sentido. Como dito no inicio, se buscamos encontrar sentido para a nossa existência, de igual modo, é importante encontrarmos o sentido daquilo que remonta a origem do universo. Teorias e mais teorias propostas por renomados cientistas tem tentado explicar a origem do universo. Entretanto, sabemos que tais teorias têm tido um prazo curto de validade ao longo da história.

Não podemos negar a importância da ciência, pois, na ótica cristã, ela é um instrumento criado por um “ser supremo e transcendente” para que o homem compreenda melhor o mundo no qual vive. Todavia, a ciência não possui prerrogativas de explicação daquilo que está fora da sua capacidade de concepção, ou seja, ela possui limites de atuação. A criação do universo por um ser inteligente, incausado, incriado e eterno, conforme propõe a teologia ou até mesmo o design inteligente, é um exemplo daquilo que não pode ser de todo demonstrado em laboratório pela falta de parâmetros adequados, base empírica, etc.

Como Norman Geisler descreve em um dos seus livros, é preciso ter muito mais fé para crer em o “nada criando tudo” do que em Deus criando o universo a partir do nada. Assim, o relato bíblico do Gênesis, que se coaduna com o criacionismo científico, aponta para um ser transcendente, eterno e inteligente que criou o universo, chamando à existência aquilo que não existe pelo poder criador de sua Palavra.

Assim, a ciência ao trazer novas afirmações importantes acerca da origem do universo, sempre estará de acordo com a cosmovisão cristã sobre o assunto. O verdadeiro sentido do qual tratamos no inicio do texto remonta às nossas origens mais remotas, ou seja, o Deus cristão com seu poder criativo fez o universo e tudo que nele há para o louvor da sua glória.

Se você acha-se angustiado por não encontrar sentido na vida, convido-lhe a vê-la pelas lentes da cosmovisão cristã. Sem dúvida você vai se deleitar e encontrar paz ao descobrir que tanto a criação do universo, como a sua própria vinda a este mundo, foram planejadas com o propósito de glorificar ao Deus que se revelou a humanidade, Jesus Cristo, Senhor e Rei por toda a eternidade.

Certamente, você irá descobrir que encontrar sentido na vida, se resume a fazer parte da família do próprio Deus criador, através de uma nova vida possibilitada pela fé em Jesus Cristo como seu único e suficiente salvador pessoal.

 “[…] Fizeste os céus, e os mais altos céus, e tudo que neles há, a terra e tudo o que nela existe, os mares e tudo o que neles existe. Tu deste vida a todos os seres, e os exércitos dos céus te adoram.” Neemias 9.6.

“Ele (Jesus) é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação. Ele é antes de todas as coisas, e n’Ele tudo subsiste.” Colossenses 1.15,17.

Apologista cristão por vocação. Mestrando em Ciências da Religião pela PUC-Campinas-SP. Formado em Filosofia também pela PUC-Campinas-SP e em Teologia pelo Seminário Teológico Batista Independente de Campinas-SP.

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