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opinião

É melhor ser servo em Belém do que príncipe em Moabe

É melhor ser servo em Belém do que tornar-se príncipe nas terras altas de Moabe, a terra maldita.

em

Rute 1.1-5

E sucedeu que, nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra; por isso um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar nos campos de Moabe, ele e sua mulher, e seus dois filhos; E era o nome deste homem Elimeleque, e o de sua mulher Noemi, e os de seus dois filhos Malom e Quiliom, efrateus, de Belém de Judá; e chegaram aos campos de Moabe, e ficaram ali. E morreu Elimeleque, marido de Noemi; e ficou ela com os seus dois filhos, Os quais tomaram para si mulheres moabitas; e era o nome de uma Orfa, e o da outra Rute; e ficaram ali quase dez anos.
E morreram também ambos, Malom e Quiliom, ficando assim a mulher desamparada dos seus dois filhos e de seu marido.

Todos nós, quando estamos aguardando o nascimento de nossos filhos, nos preocupamos muito com o nome que daremos a eles. Principalmente quando aprendemos, pela Bíblia, que o nome tem um relacionamento espiritual profundo na vida das pessoas.

Sendo assim, procuramos por livros ou sites especializados em nomes e seus respectivos significados para abençoarmos nossos filhos com um apelativo digno.

Entretanto, não é o que observamos na família de Elimeleque e Noemi. Elimeleque tem um significado lindo: “Meu Deus é Rei” e sua esposa Noemi; “Doçura”.

Não é compreensível por que deram nomes tão sombrios a seus filhos; Malom significa: “Doença, enfermidade e Quiliom: “Quase morto, definhamento”.

Como que prevendo a triste realidade que os aguardava a Bíblia nos informa que viviam em Belém (Casa do Pão) e toda a região foi devastada por uma grande seca, obrigando o pai de família Elimeleque a procurar um melhor lugar para sua família. Nada de errado nisto, pois qualquer um de nós, nas mesmas circunstâncias faríamos o mesmo. Infelizmente, o pecado de Elimeleque foi ter escolhido ir peregrinar, embora que por um tempo, em Moabe, um lugar amaldiçoado por Deus.

A maldição está registrada em Deuteronômio 23.3-6, pelo fato de os Moabitas, descendentes de uma união incestuosa da filha mais velha de Ló com o próprio pai, não terem recebido Israel com víveres quando estes saíram do Egito, ao contrário, seu rei, Balaque, contratou da Babilônia um “Personal Prophet” chamado Balaão para os amaldiçoar. O tiro saiu pela culatra, claro. Ao invés de serem amaldiçoados Balaão por três vezes os abençoou, pois não há como amaldiçoar o que o Senhor abençoou.

É bem verdade que na época Moabe era um lugar de prosperidade e também muito conhecida por estar situada a uma altitude de quase mil metros com relação ao mar Mediterrâneo, com melhor clima e reserva de águas.

Passado algum tempo, coincidentemente, morre o pai Elimeleque, ficando sua esposa Noemi responsável pela criação dos dois filhos na terra amaldiçoada.

Malom e Quiliom se envolvem com duas moabitas e se casam.

Como diz Salmos 42.7: “Um abismo chama outro abismo…” Morrem Malom e Quiliom, ficando três viúvas desamparadas e sem perspectiva alguma de uma solução para suas vidas. Entretanto, de alguma maneira, chega uma informação a Noemi que “não havia mais fome em Belém”. Ora, por mais que espalhem boatos, certo é que o Senhor jamais deixará faltar Pão em Belém.

A grande lição que tiramos para nossas vidas é que: “TODO AQUELE QUE DEIXAR BELÉM, A CASA DO PÃO, EM DIREÇÃO A MOABE, O LUGAR AMALDIÇOADO, SEMPRE LEVARÃO CONSIGO MALOM E QUILIOM, OU SEJA, A DOENÇA E A MORTE” .

Meu amado irmão que está lendo estas poucas linhas, pelo amor de Deus, não saia da Casa do Pão para ir peregrinar em supostos lugares “Prósperos”. O melhor lugar para estarmos é no centro da vontade do Senhor, e Ele  não nos colocará em um lugar onde não possa nos sustentar e nos abençoar.  Moabe era o lugar da prosperidade, onde as coisas estavam bombando; era também um lugar alto, dos superlativos, da fama, do ganho fácil, da projeção rápida, porém era o Lugar Maldito.

Em nossa vida ministerial às vezes recebemos convites para mudanças de Ministérios e tentamos nos auto justificar: “Não tem problema, vamos nos mudar mas é tudo para fazer a Obra de Deus”. A Obra pode ser de Deus, porém o convite é do diabo.

O que é mais lindo na história de Rute é o grande Amor e Misericórdia do Senhor demonstrado em sua vida. O Senhor transforma a maldição em benção ao trilhar os passos da Moabita até Belém e aproximá-la do judeu Boaz que foi seu esposo e de onde tiveram descendentes Obede, Jessé, o Rei Davi e nosso Glorioso Salvador Jesus.

É melhor ser servo em Belém do que tornar-se príncipe nas terras altas de Moabe, a terra maldita.

Graduado em Teologia. Pós-graduado em Teologia Bíblica. Mestre em Sociologia da Religião. Doutorando em Teologia.

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