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Irã condenou 6 cristãos a prisão por causa de sua fé, diz Portas Abertas

A Portas Abertas pede pelo fim imediato de campanhas contra cristãos iranianos.

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O líder supremo aiatolá Ali Khamenei em formatura da Guarda Revolucionária (Foto: Escritório do Líder Supremo/AP)

Seis cristãos foram condenados pelo “crime” de se envolver com igrejas domésticas, em Teerã, no Irã. A sentença é de 42 anos cumprindo a pena em prisão e longe da família.

Agentes de Inteligência do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, prenderam e interrogaram cerca de 35 crentes, em operação que durou 2 dias em 3 cidades no verão de 2020.

De acordo com informações, um espião infiltrado nas igrejas se passou por cristão e acabou entregando vários nomes às autoridades. Os tribunais sentenciaram os crentes em junho de 2022 e eles tiveram seus recursos negados.

O ministério Portas Abertas, forneceu alguns dados sobre os cristãos presos:

Pastor iraniano-armênio, Joseph Shahbazian de 58 anos, teve 24 horas para se apresentar na prisão de Evin. Desde semana passada está cumprindo sua pena de 10 anos por realizar cultos em sua casa.

Juntamente com Joseph na prisão está Mina Khajavi de 59 anos. Ela cumpre pena de 6 anos por fazer parte de igreja doméstica. No entanto, ela estava com a perna quebrada por causa de um acidente de carro, e foi liberada pelas autoridades a voltar para sua casa.

A liberação foi concedida após 6 semanas, quando Mina conseguiu um atestado de um médico aprovado pelo governo.

Mais uma mulher foi condenada a 6 anos. Malihe Nazari de 48 anos está na prisão também por fazer parte da igreja doméstica em Teerã.

O casal Homayoun Zhaveh e Sara Ahmadi, de 68 e 44 anos, respectivamente, foram intimados há mais de um ano e se apresentaram agora, por causa da doença de Parkinson de Zhaveh.

Anooshavan Avedian, pastor iraniano-armênio de 60 anos, aguarda intimação de sua sentença de 10 anos de reclusão. Ele foi condenado por “propaganda contrária e perturbadora à sagrada religião do Islã”.

Além das prisões, os agentes confiscaram bíblias e aparelhos de comunicação. Exigiram também, informações pessoas, senhas e conta de redes sociais.

A Portas Abertas pede pelo fim imediato de campanhas contra cristãos iranianos.

“Chocada com os testemunhos de violações do devido processo legal que ocorreram nas salas do tribunal, incluindo comentários humilhantes do juiz, o favor indisfarçável do tribunal para o lado do promotor sobre os réus, a falta ocasional de acesso a um advogado e veredictos emitidos em menos de 10 dias – claramente – sem consideração suficiente de provas,” disseram representantes do Portas Abertas.

“Pedimos às autoridades iranianas que parem imediatamente com as campanhas sistemáticas de prisões, detenções arbitrárias, apreensão de propriedades e julgamentos injustos contra cristãos e outras minorias religiosas”, apelou a Portas Abertas.

“Enquanto estava na prisão, pensei comigo mesma, há pessoas que me amam e choram por minha dor e sofrimento – e, mais importante, oram por mim. Porque sem o poder de Deus, você não pode tolerar [a prisão] e seguir em frente”, disse a cristã iraniana Zahra sobre sua prisão.

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