Siga-nos!

igreja

Hanukkah – Porque acender velas?

Se eu crio luz para beneficiar uma outra pessoa, eu também sou iluminado!

em

Hanukkah
Hanukkah (Foto: Reprodução/Pexels)

Esta semana teremos milhares de casas com velas acesas para celebrar a festa das luzes, chamada Hanukkah, que significa: Dedicação. A celebração de Hanukkah nasceu no período denominado Inter bíblico por volta do ano 164 AEC.

Hanukkah é recordada não só pelo milagre das luzes do óleo queimando no Templo, mas também pelo milagre de trazer luz ao mundo em uma época de trevas e escuridão.

Em meu livro “Manifestando a vida de Deus”, trabalho um conceito de trevas da seguinte forma: É possível que haja um equívoco em nossa concepção do conceito de trevas? De acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa Michaelis, treva significa “ausência completa de luz; escuridão absoluta; tênebra”. Tratando-se de testemunhar o Reino do Pai, eis aqui exatamente a questão que nos tem feito ineficazes como sacerdotes da Nova Aliança.

Albert Einstein definiu que escuridão é apenas ausência da luz. Sua teoria se firmava da seguinte forma:

“Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz.
Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim? Portanto, a escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente.” (Albert Einstein)

Por isso considero interessante pensarmos primeiramente o que não é luz, ou seja: a escuridão. Assim podemos pensar melhor sobre o “mal” não como algo concreto, mas sim como consequência da falta da manifestação do bem. Afinal, lembremos que um pequeno ponto de luz faz dissipar a totalidade das “trevas”. Um trecho das Escrituras que nos leva à reflexão sobre este tema é a nona praga do Egito.

“E Moisés estendeu a sua mão para o céu, e houve trevas espessas em toda a terra do Egito por três dias. Não viu um ao outro, e ninguém se levantou do seu lugar por três dias; mas todos os filhos de Israel tinham luz em suas habitações.” (Êxodo 10:22,23)

Havia luz nas habitações dos filhos de Israel, mas os egípcios tinham ausência de luz. Os sábios da Torá nos falam que a expressão “não viu um ao outro” era uma característica própria do povo egípcio que se fortaleceu nos dias de trevas, ninguém ajudava ao próximo e cada um cuidava de si mesmo. Não apenas as trevas que cobriram os céus havia deixado o Egito em grande escuridão, mas sim as trevas que já havia em seus corações.

As luzes de Hanukkah funcionam como um símbolo. O povo judeu estava em um  dos seus piores momentos. Era a época da revolta dos Macabeus. A guerra civil e revolucionária foi uma questão de sobrevivência diante do caos. Pode-se fazer uma analogia com o pequeno recipiente de óleo, sendo um símbolo da exaustão do povo judeu. Assolados por diversos inimigos poderosos tanto dentro quanto fora do país,  proibidos de celebrar o shabat, as festas, e se declararem judeus, em dúvida quanto a seu próprio futuro e questionando-se sobre seu valor com uma pequena presença perante a aparente imensidão e  grandeza dos outros povos e costumes.

Naquele cenário e circunstâncias desfavoráveis, encontrar um frasco contendo óleo não profanado e não adulterado,  foi um êxtase espiritual. No entanto é claro que percebendo a quantidade do óleo eles se preocuparam com a durabilidade das chamas e das luzes que podiam permanecer acesas na consagração do templo profanado.

Porém mais tarde, quando os judeus descobriram que esta quantidade tão pequena de óleo podia sobreviver, crescer e tornar-se uma fonte de energia e uma chama da liberdade, não poderiam deixar de lembrar desses dias com alegria.

A luz produzida pelo pequeno frasco de óleo, foi uma fonte de esperança para o futuro, foi mais instrutiva e inspiradora do que o heroísmo das batalhas travadas. Para os judeus nos antigos guetos escuros e estreitos, as velas trazem uma mensagem gratificante, que faz acender o brilho em seus corações.

Diante das lutas que vencemos não podemos nos render a nostalgia nos lembrando apenas da opressão, mas sim em Espírito celebrar a luz interior que nos alcançou.

“No Judaísmo o ato de acender uma vela é rico em simbolismos. Existem atos que  fazemos unicamente para nós e outros que podem ser inteiramente altruístas. Gerar luz no entanto, não segue tais limitações. Eu posso acender uma luz para mim mesmo, mas eu não posso conter a luz, porque ela necessariamente iluminará todo o recinto.”

Se eu crio luz para beneficiar uma outra pessoa, eu também sou iluminado!

Que as velas das nossas hanukkiás estes dias sejam apenas reflexo da Luz que estamos carregando.

VENHA SE APROFUNDAR NA ESCRITURA E HISTÓRIA COM A GENTE:

https://chat.whatsapp.com/Jm9tvOekMIv5NDR2GJ8ZaQ

CONHEÇA NOSSAS AULAS SOBRE JUDAÍSMO:

https://go.hotmart.com/M41754204P

ASSISTA NOSSOS VÍDEOS:

https://www.youtube.com/channel/UCeqX96qPV1E9jK3pi6TI70Q

Alexandre Kaman é pastor, escritor, ministro de adoração e palestrante. Cursou a Escola Ministerial do Projeto Vida Nova de Irajá e o Instituto Metodista de Formação Missionária. Além de Bacharelado em Teologia e Pós-graduado em História de Israel. Lider da Escola Mavid (Manifestando a Vida de Deus), dedicado ao propósito da Restauração.

Trending