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Facebook é acusado de contribuir com violência religiosa na Índia

Executivos da plataforma ignoraram desinformação de grupo radical hindu contra minorias religiosas.

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Taj Mahal
Taj Mahal, na Índia (Foto: Reprodução/Unsplash)

Um relatório de pesquisa interna, que estava entre os documentos vazados do Facebook, mostrou que a plataforma oferecia um serviço que incentivava a violência  a seus usuários na Índia com o conhecimento da empresa.

Os executivos da plataforma não aprovaram a ideia das iniciativas para bloquear o discurso de ódio disseminado por grupos hindus contra cristãos ex-muçulmanos com o receio de ter impacto negativo nos negócios da Índia.

Em dezembro, o Facebook Índia teria reconhecido o medo da falta de segurança da sua equipe caso seus funcionários resolvessem banir a organização radical hindu Bajrang Dal – grupo conhecido por espalhar fake news sobre as minorias religiosas nas redes sociais.

A violência contra ex-hindus aumenta

Essas ações são mostradas no relatório Destructive Lies, da London School of Economics em parceria com a Portas Abertas, que descreve a desinformação contra as minorias religiosas na Índia que prospera de “forma descontrolada”, fazendo com que experimentem uma “ameaça existencial iminente”.

Um porta-voz da Portas Abertas alertou que as empresas de mídias sociais devem levar essas violações a sério, pois a comunidade internacional não pode tolerar que os cristãos e outras minorias sofram com atos planejados.

Os cristãos indianos continuam sofrendo intensa perseguição no país. Nos últimos meses, grandes protestos contra cristãos e supostas conversões forçadas aconteceram em Chhattisgarh e Madhya Pradesh.

Durante um desses protestos, um professor religioso hindu pediu a decapitação de cristãos ex-hindus, segundo a Portas Abertas.

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