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Esqueça os likes! Trabalhe por vidas!

As métricas são meros balizadores do trabalho e não o alvo. 

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Simbolo do Instagram. (Foto: Prateek Katyal / Unsplash)

Este ainda é um assunto popular no meio da comunicação cristã. Como postar? Com aumentar seguidores? Como ser ótimo nas redes sociais? Como fazer sua igreja alcançar resultados jamais esperados com a internet?

Há uma série de especialistas e gurus prometendo que as redes sociais mudarão o patamar de ministérios pelo Brasil a fora. Mas, de fato, são resultados numéricos que conduzem seu trabalho de comunicação ou sua métrica é transformação de vidas e pastoreio de almas a partir das ferramentas digitais?

É inegável que o benefício do mundo digital existe e, para a missão cristã, é uma quebra de paradigma, como falei em meu último neste nesta coluna. Por meio das redes sociais dilaceramos as barreiras que nos impediam de cumprir o IDE em grande escala.

Mas, minha crítica desde o primeiro dia que embarquei nesse ministério de comunicação é que ainda não entendemos o real potencial das redes sociais, tampouco temos claro que as redes sociais não dizem respeito a likes, seguidores, compartilhamentos e engajamento.

Em um texto de instrução do Vaticano, a igreja católica demonstra que entendeu perfeitamente a missão da comunicação a favor da missão do Evangelho. “A igreja encara esses meios de comunicação social como dons de Deus na medida em que, segundo a intenção providencial, criam laços de solidariedade entre homens, ponde-se assim o serviço da vontade salvífica”.

As métricas impostas pelas redes sociais nos dão análises enviesadas sobre nosso trabalho no contexto religioso. Uma manifestação digital pode até ser resposta de um toque da comunicação, mas a leitura como fim é pouco para sabermos se aquela pessoa fruiu o conteúdo, experimentou um toque de Deus, transformou sua vida ou, mesmo, pode abrir um diálogo com sua comunidade. As métricas são meros balizadores do trabalho e não o alvo.

A comunicação cristã, se não tiver em seu objetivo primeiro tocar e pastorear pessoas, não serve de nada. Tenho visto igrejas comprando seguidores e comunidades com milhares de seguidores, muito além do que há em suas fileiras de membros. Me questiono se é isso mesmo que a comunicação cristã precisa fazer. Parece que estamos trabalhando para “roubar” o crente da comunidade ao lado.

Será que é melhor ter 1000 seguidores, número correspondente ao universo de seu Roll de membros e falar bem com essa turma, ou 20000 seguidores que, em boa parte do tempo, não estão sendo cuidados e pastoreados por sua igreja? É melhor ter 1000 likes em um post ou a resposta em seu inbox de uma pessoa entregando sua vida ao Senhor a partir de uma ação de comunicação de sua comunidade. Tenho certeza que, para o Reino, a festa no céu é maior quando diminuímos a contagem da quantidade de pessoas a serem salvas.

Meu convite, com esta reflexão, é para que você esqueça a lógica secular do influencer digital. Não faça por likes, seguidores ou números; faça para transformar vidas! Essa é a nossa missão e é para isso que a comunicação é uma ótima ferramenta em suas mãos!

O conteúdo nós já temos dentro de nós!

Nasceu em São Paulo, casado com a Viviana e pai da Maria Luiza. Jornalista e publicitário com passagens por algumas das principais empresas do mercado editorial, de comunicação e multinacionais de publicidade no Brasil. É fundador da consultoria de comunicação para igrejas ChurchCOM e é autor do livro Marketing Cristão

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