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Em sermão de Natal, C.S. Lewis alertou que “não haveria mais certo e errado”

O artigo de revista de 77 anos está sendo discutido por cristãos.

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Clive Staples Lewis (Foto: Reprodução/Creative Commons)

O sermão de Natal proferido pelo renomado teólogo irlandês, C. S. Lewis (1898-1963), que foi transformado em artigo há 77 anos, está recebendo renovada atenção na cultura americana por sua discussão sobre “um mundo que não distingue o certo do errado”.

Intitulado “Um Sermão de Natal para Pagãos”, o sermão de Lewis foi publicado em 1946 pela revista britânica Strand. Alguns leitores agora o consideram profético, feito sob medida para os desafios de 2023.

Na época de sua publicação, Lewis já observava o desmoronamento da estrutura moral da sociedade. A Fox News destaca que “O Sermão de Natal” tornou-se uma tendência nas redes sociais.

Discussões sobre os conceitos de segurança moral de Lewis surgiram em artigos acadêmicos recentes e em discussões entre cristãos e americanos de outras religiões, de acordo com o veículo de notícias.

Lewis afirmou que existem três tipos de pessoas no mundo: aqueles que estão doentes e não sabem disso (pós-cristãos), aqueles que estão doentes e sabem disso (pagãos) e aqueles que encontraram a cura (cristãos).

Para o pós-cristão, ele escreveu: “Não existe certo ou errado objetivo, cada raça ou classe pode inventar seu próprio código ou ‘ideologia’ conforme desejar”. Lewis então destacou o problema lógico da cosmovisão pós-cristã.

“Se não existe o certo e o errado, nada de bom ou ruim em si mesmo, então nenhuma dessas ideologias pode ser melhor ou pior que outra. Um código moral melhor só pode vir daquele que se aproxima de algum código real ou absoluto”, afirmou Lewis em seu sermão.

“Um mapa de Nova York só pode ser melhor que outro se houver uma Nova York real à qual possa ser mais fiel. Se não existir um padrão objetivo, então a nossa escolha entre uma ideologia e outra torna-se uma questão de gosto arbitrário”, continuou.

“Logo, nossa batalha pelos ideais democráticos contra os ideais nazistas tem sido uma perda de tempo porque um não é melhor que o outro”, concluiu o teólogo em sua coluna publicada um ano após o fim da Segunda Guerra Mundial.

Segundo Kerry J. Byrne, da Fox News, “O sermão de Lewis aborda, com uma presciência quase surpreendente, muitas das mesmas questões da guerra cultural que fervilha há anos nos Estados Unidos e explode em todo o país após os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro em Israel.”

A coluna de Lewis termina com uma palavra de esperança para os não-cristãos na audiência.

“Em todo o mundo, mesmo no Japão e até mesmo na Rússia, homens e mulheres se encontram no dia 25 de dezembro para fazer o que é uma coisa muito antiquada ou, se você preferir, muito pagã: cantar e festejar porque um Deus nasceu”, escreveu Lewis.

“Você não tem certeza se isso é mais do que um mito. Bem, se for, então a nossa última esperança desapareceu. Mas não vale a pena tentar a explicação oposta? Quem sabe nisso, e somente nisso, está o seu caminho de volta não apenas para o céu, mas também à Terra, e à grande família humana cujas esperanças mais antigas são confirmadas por esta história que não morre?”, finalizou Lewis.

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