Cristãos do Reino Unido preocupados com a nova definição de “extremismo”

Um grupo de campanha alertou que os cristãos correm o risco de serem rotulados como “extremistas” sob o novo conceito de extremismo do governo do Reino Unido, publicado esta semana. Segundo a nova definição, “extremismo é a promoção ou avanço de uma ideologia baseada em violência, ódio ou intolerância, que visa” entre outras coisas “negar ou destruir os direitos e liberdades fundamentais dos outros”.

Nesse sentido, a Christian Concern aponta que cristãos pró-vida, críticos de gênero ou com crenças tradicionalistas sobre o casamento podem ser afetados pela nova definição. Eles apontaram exemplos de cristãos que já foram relatados ao programa Prevent por suas crenças. Entre eles, está o capelão escolar, Rev. Dr. Bernard Randall, e a professora cristã Svetlana Powell.

Sendo assim, a Prevent é o esquema de combate ao terrorismo do governo que visa impedir que indivíduos se tornem terroristas.

“Os cristãos que são pró-vida podem ser vistos como sendo contrários a um suposto ‘direito fundamental’ ao aborto e, portanto, ‘intolerantes’ e tão extremistas”, afirmou a organização.

Defesa à Liberdade

Nesse sentido, Andrea Williams, CEO do Christian Concern, criticou a definição como “inadequada” e alertou que mais cristãos podem ser relatados ao Prevent. Ela pediu ao governo para esclarecer que “direitos fundamentais” não incluem aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo ou identificação como sexo oposto.

“É absurdo que cristãos possam ser considerados ‘extremistas’ por acreditar em casamento tradicional ou por serem pró-vida. Instamos o governo a esclarecer urgentemente quais ‘direitos fundamentais’ são destinados na definição de extremismo”, destacou Williams, segundo Christian Today.

Por fim, o grupo enfatizou que a definição vaga pode levar à exclusão de cristãos genuínos de influenciar a política governamental. Ele expressou preocupação com a possibilidade de mais cristãos serem referidos ao Prevent.

“Christian Concern tem apoiado cristãos que foram referidos ao Prevent por expressarem suas crenças cristãs. Infelizmente, agora espero ver mais encaminhamentos de cristãos ao Prevent, não menos”, concluiu Williams.