igreja perseguida
Como prosseguir em meio ao luto?
Alba, cristã colombiana, compartilha a dificuldade em realizar coisas cotidianas após a perda do marido por conta da perseguição.
Quando você pensa na Colômbia, lembra de muitas coisas, mas provavelmente não pensa na perseguição aos cristãos. Esse é um país famoso por seu café, mas que infelizmente também tem uma longa história de violência. A perseguição aos cristãos na Colômbia ocorre principalmente porque pregam esperança em Jesus Cristo como salvador, ao invés das drogas e violência como escape do sofrimento e pobreza.
Caucasia é uma cidade pequena com muita pobreza. Lá, vivem Alba e seus filhos, de 11 e 5 anos. O local onde vivem é uma área onde duas gangues rivais de drogas se enfrentam. A casa de Alba é muito modesta e a cristã fala sobre ela, os filhos e o marido, Plínio, que foi morto em 10 de agosto de 2019.
Alba conta: “Na verdade, era apenas um dia normal. Estava quente e tínhamos coisas cotidianas a fazer: ir à igreja e trabalhar”. O marido, que era o pastor, foi à igreja cedo para as orações matinais. As crianças brincavam na rua e Alba estava trabalhando com algumas mulheres. Depois que o marido chegou em casa, ajudou um pouco a esposa e foi assistir as notícias na TV.
Um dia normal, até que…
“Como eu disse, era um dia normal, até que ouvimos os tiros. Eu corri o mais rápido que pude para a sala onde Plínio estava sentado. Ele já estava morto quando cheguei lá”, explica. Alba ainda não entende porque ou por quem o marido foi morto. Ainda há muitas perguntas.
Plínio era uma pessoa amável, moderada, bondosa e gentil, além de cuidar da comunidade. Na escola dos filhos, Alba ouviu de um professor que um homem estava bravo com Plínio. Quando questionado pelo professor não foi capaz de dar uma resposta sobre o que o pastor havia feito, disse apenas que o odiava. Plínio ouvira boatos de ameaças, mas não prestou muita atenção, afinal, não havia motivo para isso.
“É tão difícil recomeçar a rotina diária. Todas as manhãs eu levanto e penso: Como vou continuar?. Olho para meus filhos e digo a mim mesma que tenho que continuar. Felizmente, não vejo um dia sem a graça de Deus”, compartilha Alba.
A cristã conta ainda: “Depois do ataque, alguém disse que Deus nunca nos deixaria. Somos gratos a ele, porque nunca tivemos falta de alimento e, às vezes, recebemos dinheiro de pessoas que não conhecemos. Para essas pessoas, ofertar pode parecer um gesto pequeno, mas para mim, significa muito”.
A família teve que mudar de casa por causa do conflito armado, afinal, Alba se preocupa com a segurança dos filhos. Essa mudança ocorreu com a ajuda da Portas Abertas, que providenciou um novo local para morarem. Além disso, a família também recebeu cuidado pastoral e emocional.
Como transmitir os valores bíblicos aos filhos em um caso como o de Alba, em que o pai foi morto por seguir a Cristo? Essa é uma dificuldade não apenas para ela, mas para muitos outros pais que vivem os desafios da perseguição. No Irã, a dificuldade dos pais cristãos é por viverem em meio à cultura islâmica dominante. Eles precisam de apoio. Com uma doação, você ajuda pais cristãos iranianos a criarem filhos segundo os valores bíblicos.
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