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Após 11 anos, Corte vai ouvir confeiteiro cristão que se recusou a fazer bolo trans
Suprema Corte do Colorado aceita ouvir o caso do confeiteiro cristão processado por recusar fazer bolo com temática trans.
A Suprema Corte do Colorado concordou em ouvir o caso contra o confeiteiro cristão Jack Phillips após mais de 11 anos nos tribunais. Em 2012, Phillips, proprietário da Masterpiece Cakeshop no Colorado, recusou-se a criar um bolo personalizado para um casamento entre pessoas do mesmo sexo, o que desencadeou um processo que o levou, eventualmente, à Suprema Corte dos EUA.
Em 2018, os nove juízes alegaram em sua decisão que o estado não pode forçar ninguém a criar obras personalizadas para transmitir uma mensagem. Mas, no mesmo ano, Phillips enfrentou um segundo processo, desta vez de um advogado transgênero que solicitou um bolo celebrando uma transição de gênero. Quando se recusou, foi processado sob a acusação de discriminação. A
“Espero que seja a luz no fim do túnel. Estou bastante animado com isso. O tribunal estadual nos rejeitou em nosso primeiro caso, mas acho que agora eles percebem que eu sirvo a todos. Este caso não se trata de quem eu sirvo, mas sempre se trata do que vou criar, não da pessoa que está pedindo. E espero que eles acertem desta vez”, afirmou Phillips.
Segundo Jake Warner, advogado da Alliance Defending Freedom (ADF) que defende Phillips, o processo desde o início foi “claramente uma armadilha” com o objetivo de “atacar” Phillips e suas crenças. Em 2018, Autumn Scardina, que se identifica como transgênero, pediu a Phillips que fizesse um bolo celebrando uma transição de gênero, rosa por dentro, azul por fora.
Assim, quando Phillips recusou, Scardina pediu um bolo retratando Satanás fumando um baseado de maconha, que Phillips também recusou. Durante a fase de julgamento, documento legais apontam que “Scardina prometeu a Phillips que, se esse processo fosse arquivado, Scardina ligaria para Phillips no dia seguinte para solicitar outro bolo e iniciar outro processo”.
De acordo com Fox News, apesar de estar nos tribunais por mais de uma década, dos inúmeros emails ameaçadores e ameaças de morte, Phillips diz que o caso ajudou a “fortalecer” sua fé.
“Portanto, não é uma questão pessoal, mesmo que essa pessoa tenha me perseguido, ou me seguido por vários anos, pelo menos 11 anos. Mas eu não tenho nada para perdoar, essa pessoa não é uma inimiga”, disse ele.
As argumentações orais para o caso ainda não foram marcadas, mas provavelmente serão agendadas para o próximo ano. A ADF argumentará que, devido à decisão da Suprema Corte no caso anterior de Phillips e à mais recente decisão em 303 Creative vs. Elenis envolvendo um designer de sites, que determinou que o governo não pode compelir um artista a expressar uma mensagem com a qual discorda, a lei está a favor de Phillips.
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