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Aliança Evangélica pede fim de campanhas políticas em igrejas do Quênia

Aliança Evangélica cria documento a fim de ajudar a diminuir as hostilidades políticas no Quênia.

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Povos Pokot
Região remota do Quênia (Foto: Reprodução/World Mission)

Como consequência do passado hostil do Quênia durante eleições presidenciais como a de 2017, e anteriormente, 2007, onde pelo menos 1.200 pessoas foram mortas e 600.000 deslocadas, uma atmosfera particularmente polarizada é esperada para as eleições presidenciais de 9 de agosto.

Essa atmosfera se dá em parte por causa da grande coalizão formada pelos partidos de Kenyatta e Odinga, o Partido Jubileu e o Movimento Democrático Laranja, com Odinga concorrendo à presidência depois que Kenyatta já atingiu o limite constitucional de dois mandatos.

De acordo com Evangelical Focus, em meio a essa situação, a Aliança Evangélica do Quênia tem sido um dos grupos cristãos que tem circulado um documento interno entre seus membros da igreja nos últimos meses, a fim de ajudar a diminuir as hostilidades.

O documento afirma que “os políticos não devem ser autorizados a explorar e abusar de seus privilégios como líderes, violando o dia e o local de culto através da politicagem na igreja”.

Segundo Makanda, este aviso é justificado pelo longo histórico de influência da igreja na política e no governo no Quênia. Ele afirma que a igreja no Quênia influenciou a política desde o tempo pré-colonial até os tempos coloniais e atuais.

“A igreja ocupou um espaço muito significativo. Por causa disso, os políticos percebem que para eles estar lá leva a ganhar influência e eles querem chegar lá. Mas uma vez que eles chegam lá, eles enfraquecem a voz da igreja”, disse.

Além disso, Makanda afirma que a igreja tem o hábito de ser a voz cívica, a voz que representa os cidadãos, especialmente nos anos 80. Ele explica que a mesma diz o que é certo e tem tentado reduzir os excessos do governo e as irregularidades estruturais.

A Aliança Evangélica do Quênia representa cerca de 748 denominações e tem uma adesão de cerca de 50.000 igrejas em todo o país e, em geral, a maioria delas viu a declaração de forma muito positiva e afirmativa.

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