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UNESCO designa ruínas de Jericó como Patrimônio Mundial da “Palestina”
Crítico afirma que decisão de reconhecer ruínas de Jericó como patrimônio palestino “limpa etnicamente os judeus da história de Jericó”.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) votou para reconhecer as ruínas antigas perto de Jericó como um “Patrimônio Mundial na Palestina”. O local de Tel-Jericó, também conhecido como Tell es-Sultan, contém ruínas pré-históricas que datam do nono milênio a.C., incluindo evidências de uma das primeiras vilas conhecidas da humanidade.
Entre os locais de herança judaica estão os Palácios de Inverno dos Hasmoneus, o Terceiro Palácio do Rei Herodes, uma sinagoga da era bizantina do século VI ou VII d.C., banhos rituais e cavernas de sepultamento próximas usadas por sacerdotes do Segundo Templo.
Jericó, uma das cidades habitadas mais antigas do mundo, está localizada em uma área da Judeia atualmente sob controle total da Autoridade Palestina. O Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou que a medida constitui “mais um sinal do uso cínico dos palestinos da UNESCO e da politização da organização” e prometeu “mudar as decisões distorcidas que foram tomadas”.
Desse modo, a Autoridade Palestina recebeu com satisfação a designação, com o líder Mahmoud Abbas afirmando que a decisão atesta a autenticidade e a história do povo palestino, e que “o Estado da Palestina está comprometido em preservar este local único em benefício da humanidade”.
De acordo com God TV, a votação ocorreu enquanto uma delegação israelense comparecia à reunião do Comitê de Patrimônio Mundial da ONU, marcando a primeira aparição pública de autoridades israelenses na Arábia Saudita.
Nesse sentido, o professor Eugene Kontorovich, diretor de direito internacional do Fórum de Política Kohelet, com sede em Jerusalém, disse que a medida da UNESCO “limpa etnicamente os judeus da história de Jericó”. Ele acrescentou que a UNESCO fechou os olhos para a destruição contínua de antiguidades da era do Segundo Templo pela AP.
Em 2016, a UNESCO aprovou uma resolução negando os laços judeus com o Monte do Templo, onde foram construídos o Primeiro e o Segundo Templos Judeus, é o local mais sagrado do judaísmo. O Muro das Lamentações é o único remanescente de um muro de contenção que circunda o Monte do Templo, e é o local mais sagrado onde os judeus podem orar livremente.
Por fim, também em 2016, o Comitê de Patrimônio Mundial da organização registrou a Túmulo dos Patriarcas, localizada em Hebrom, em nome do “Estado da Palestina” em sua “Lista de Patrimônio Mundial em Perigo”. A UNESCO aprovou 47 resoluções de 2009 a 2014, 46 das quais foram direcionadas contra Israel.
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