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Suprema Corte do Nepal condena pastor a prisão por orar

Pastor no Nepal enfrenta prisão por realizar oração em sua casa.

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O pastor nepalês Keshab Raj Acharya com sua família (Foto: Reprodução/Morning Star News)

O Pastor Keshab Raj Acharya enfrenta uma sentença de um ano de prisão por suas atividades religiosas. A Suprema Corte do Nepal manteve uma decisão anterior contra o pastor. Agora, Keshab aguarda a resposta do tribunal ao seu apelo para converter a sentença em uma multa. O grupo jurídico ADF International apoia a defesa legal do pastor.

“O Pastor Keshab agora deve cumprir sua sentença de prisão, a menos que o tribunal aceite seu apelo para converter a sentença de prisão em uma multa”, afirmou a ADF.

Além disso, em uma declaração, o Pastor Keshab expressou seu desespero, mas permaneceu esperançoso. Ele pede intervenção internacional para proteger a liberdade religiosa no Nepal, antes o único reino hindu do mundo. Keshab, líder da Abundant Harvest Church em Pokhara, Nepal, agradeceu aos seus apoiadores por suas orações e apoio a ele e sua família.

“Embora enfrentar mais tempo na prisão seja angustiante, encontro consolo em Deus, acreditando que tudo é possível através Dele”, declarou ele.

Segundo The Christian Post, o caso contra Keshab começou em março de 2020, quando foi preso por convidar um homem para sua casa para oração. Isso resultou em acusações de “ultraje a sentimentos religiosos” e “proselitismo”. O Ministério Público do Distrito de Dolpa apresentou acusações sob o código penal do Nepal, que criminaliza conversões religiosas e sua propagação.

Desse modo, em novembro de 2021, o pastor foi condenado a dois anos de prisão e multado em 20.000 rúpias nepalesas pelas supostas infrações. Essa sentença foi posteriormente reduzida para um ano pelo Tribunal Superior de Jumla. Apesar do apelo, a Suprema Corte manteve a decisão do Tribunal Superior, deixando a Keshab a possibilidade de converter sua sentença de prisão em uma multa como única opção.

Perseguição aos Cristãos

Nesse sentido, Tehmina Arora, diretora de advocacia na Ásia da ADF International, criticou a decisão da Suprema Corte, destacando a violação dos direitos humanos básicos e a oportunidade perdida de estabelecer um precedente positivo para a liberdade religiosa. A decisão da Suprema Corte foi chocante, especialmente porque não havia testemunhas para corroborar a alegação de proselitismo.

Da mesma forma, Junu Acharya, esposa do Pastor Keshab, expressou incredulidade com o julgamento e enfatizou a inocência de seu marido, afirmando que ele não forçou ninguém a mudar sua religião. Ela acredita que as ações do governo visam dissuadir a comunidade cristã no Nepal de disseminar sua fé. Tudo começou após um vídeo no YouTube em que ofereceu orientação espiritual contra a Covid-19 em 2020.

Sendo assim, apesar da falta de evidências substanciais e depoimentos de testemunhas apoiando sua inocência, ele foi condenado. A comunidade cristã no Nepal tem enfrentado crescente perseguição desde 2018, com a criminalização de conversões sendo criticada por violar as liberdades fundamentais de religião ou crença.

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