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Quando “os bençãos” não vem!

É preciso clareza na mensagem.

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Bancos da igreja vazios. (Foto: StockSnap / Pixabay)

Utilizei no título deste artigo uma brincadeira com o nome de um livro antigo, escrito por meu pai nos anos 1990: “Quando a benção não vem”.

Nele, meu pai relata um pouco da história da minha família e seu relacionamento com Deus apesar da dor e da perda.

Não há relação nem com comunicação, tampouco com o título desse artigo a não ser por um momento de questionamento profundo que tenho visto as igrejas entrarem com o objetivo de checarem sua real efetividade em sua audiência e entorno. Neste momento de inflexão, está a relação entre o livro e o que vejo atualmente.

Não é segredo para ninguém que estamos nos tornando um país predominantemente evangélico, que observamos serem abertos mais de 14 mil CNPJs para igrejas ao ano e essa curva é crescente.

Tão crescente quanto a busca por soluções de comunicação com o objetivo de encontrar melhor resultados para divulgação de igrejas, eventos e conferências. Como profissionais, entramos na moda, mas nossas soluções nem sempre atingem os resultados esperados por lideranças e pastores.

E quando “os bençãos” não vem?

Eventos vazios, igrejas em dificuldade e crentes menos engajados. Esse é o cenário e essa pergunta é recorrente. Assim como essas a seguir: Por quê as pessoas não estão vindo? Por quê não consigo reter meus membros? Por quê não consigo buscar novos membros? Com consigo me conectar com o bairro e com o meu entorno? A resposta para todos esses questionamentos está no foco ou na ausência dele.

Estamos vendo igrejas nascerem sem propósito; igrejas criadas a partir de rachas em comunidades; igrejas desenvolvidas sem visão missional e, claro, sem planejamento e razão para existir.

Agora sendo prático, “os bençãos” estão deixando de ir à igreja, ou atender aos seus eventos, porque nossas comunidades estão confusas em seu padrão de conteúdo, descontextualizadas ou sem propósito (não sabem porque existem ou seus objetivos). As igrejas tem se preocupado em ocupar o tempo de seus membros (versus as atividades seculares) e não em formá-los como crentes melhores.

Nossas igrejas não contam uma história (ou A história), não se preparam em oferecer uma jornada de crescimento de fé clara às pessoas; elas copiam modelos descontextualizados ou enlatados, vendem indulgências, trabalham no campo mágico e deixam de apresentar Jesus -Deus feito homem do dia a dia -, que é o motivo, o propósito, o foco e o objetivo de existirem.

Se a audiência de sua igreja começar a não responder aos seus chamados, pare e cheque se você e sua comunidade estão firmes em seu planejamento, se estão claros em sua mensagem, se estão contextualizados, se estão acessíveis e, claro, se estão fiéis ao Evangelho transformador de Jesus Cristo. A comunicação só ajuda a arrumar tudo isso, mas não faz milagre!

Nasceu em São Paulo, casado com a Viviana e pai da Maria Luiza. Jornalista e publicitário com passagens por algumas das principais empresas do mercado editorial, de comunicação e multinacionais de publicidade no Brasil. É fundador da consultoria de comunicação para igrejas ChurchCOM e é autor do livro Marketing Cristão

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