Putin e Xi Jinping se reúnem na China em meio a tensão no Oriente Médio

Os líderes da Rússia e da China se reuniram em Pequim na quarta-feira (18) e solicitaram uma estreita coordenação na política externa. Isso ocorre devido às crescentes preocupações sobre possíveis conflitos com o Ocidente relacionados à invasão da Rússia na Ucrânia e às ameaças crescentes da China contra Taiwan.

Durante o encontro, Xi Jinping e Vladimir Putin discutiram comércio e o décimo aniversário da Iniciativa Cinturão e Rota. Essa política deixou muitos países profundamente endividados com bancos chineses. A tentativa de revigorá-la ocorre em um momento em que a economia chinesa desacelerou consideravelmente devido ao grande superinvestimento em imóveis.

“Nas atuais condições difíceis, é especialmente necessária uma estreita coordenação na política externa. Portanto, no que diz respeito às relações bilaterais, estamos avançando com muita confiança”, disse Putin em seu discurso de abertura, destacando que o comércio bilateral estava a caminho de ultrapassar um recorde de US$ 200 bilhões este ano.

Nesse sentido, a China é uma cliente importante para o petróleo e gás russos, fornecendo a Moscou um salva-vidas econômico devido às punições ocidentais impostas devido à campanha da Rússia contra a Ucrânia. Putin se encontrou com Xi em Pequim apenas algumas semanas antes da invasão da Rússia na Ucrânia em fevereiro passado, e os dois lados assinaram um acordo que prometia um relacionamento “sem limites.”

De acordo com AP News, as tentativas de Pequim de se apresentar como mediador neutro na paz da guerra da Rússia na Ucrânia foram amplamente rejeitadas pela comunidade internacional. Ao mesmo tempo, a China intensificou o assédio militar contra Taiwan, a democracia autogovernada que ela reivindica como sua própria e pretende unificar à força, se necessário.