Pelo menos 50 mil pessoas se reunem no Muro das Lamentações para orar por reféns em Gaza

Em uma exibição extraordinária de unidade, cerca de 50.000 judeus de diversas origens reuniram-se no Muro das Lamentações, em Jerusalém, na quarta-feira, para uma oração em massa pedindo o retorno seguro dos reféns mantidos pelo grupo terrorista Hamas em Gaza.

Nesse sentido, os rabinos-chefes ashkenazi e sefardita de Israel, David Lau e Yitzhak Yosef, respectivamente, leram salmos juntamente com as famílias dos reféns capturados por terroristas do Hamas durante o pogrom de 7 de outubro no Estado judeu.

“Um inimigo impiedoso, sem se abalar com nada, está tentando destruir e assassinar todos os judeus, jovens e velhos, crianças e mulheres incluídas. Sofremos muitas perdas nesta guerra, e o coração de cada pessoa dói por aqueles que perdemos”, afirmaram os rabinos-chefes. “Devemos clamar e implorar pela misericórdia dos céus para proteger todo o povo de Israel.”

Renascimento e Renovação

Segundo Algemeiner, realizada na noite anterior ao início do mês hebraico de Shevat, também conhecido como Yom Kippur Menor, a oração incluiu numerosos toques de shofar, um aparente chamado para abrir os céus. Dessa forma, o rabino Doron Perez, presidente executivo da World Mizrachi, uma organização sionista religiosa, disse que o novo mês simboliza o renascimento da natureza.

“O novo mês de Shevat é o mês da renovação das árvores, o símbolo do renascimento da natureza e da revitalização da terra. A terrível dor e tristeza das famílias enlutadas, a ansiedade avassaladora das famílias dos reféns e as dezenas de milhares de famílias com entes queridos lutando neste momento trouxeram um display único de unidade em torno de nossos valores judaicos fundamentais”, afirmou.

Nesse sentido, os dois filhos de Perez ficaram feridos em 7 de outubro, e um deles está entre os reféns mantidos em Gaza. Além disso, ele apontou que a unidade na oração é o ‘Domo de Ferro espiritual’ do seu povo. Segundo ele, é raro ver tal unidade de todo o espectro de judeus israelenses e do mundo, com pessoas de todas as origens se unindo em uma oração ao Hashem para ter misericórdia do seu povo.

Orações por reféns

Sendo assim, a oração atraiu ativistas segurando cartazes dos reféns, bem como uma mistura diversificada de judeus, incluindo ultraortodoxos, sionistas religiosos e judeus seculares. Assim, várias orações e liturgias de arrependimento, incluindo aquelas ditas durante os Dias Sagrados, foram recitadas pelos reféns e pelos soldados das IDF que lutam em Gaza.

“Estamos abrindo os portões do céu para trazer para casa todos os nossos reféns e prisioneiros que estão nas mãos da organização terrorista assassina e horrenda que ameaça nos destruir”, disse o rabino David Stav, chefe rabino da cidade de Shoham e presidente da organização Tzohar.