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Padre católico deixa a Dinamarca porque se sente “vigiado pelo governo”

Decisão de padre da Dinamarca levanta questões sobre a liberdade religiosa em países europeus.

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Padre durante missa
Padre durante missa (Foto: Foto: Josh Applegate/Unsplash)

O padre Peter Fleetwood está deixando sua paróquia na Dinamarca, alegando estar cansado das rígidas regras e da sensação de constante vigilância pelas autoridades dinamarquesas que desconfiam dos líderes religiosos estrangeiros. Fleetwood, que atuou como padre na Mariukirkjan nas Ilhas Faroé desde 2020, tomou a decisão de sair, deixando sua paróquia sem um padre permanente. 

De acordo com CNE News, Fleetwood declarou que a principal razão de sua partida é a lei dinamarquesa sobre trabalhadores religiosos estrangeiros. Ele experimentou as regras estritas como sufocantes. Toda vez que deixava o país, por exemplo, precisava apresentar um pedido de autorização de reentrada com um mês de antecedência à sua partida.  

“Duas vezes, a permissão não foi concedida, e eu estava apreensivo até literalmente cinco minutos antes do fechamento do posto policial, quando um e-mail misteriosamente apareceu e me concedeu permissão para reentrar nas Ilhas Faroé”, disse ele.

Desse modo, se perdesse o prazo para a solicitação de reentrada, a polícia lhe informou que ele precisaria ir à embaixada dinamarquesa em Londres para uma nova solicitação, algo que ele não conseguia fazer em Copenhague. Fleetwood expressou sua frustração com a sensação de ser constantemente observado e desconfiado pelas autoridades dinamarquesas.

Para ele, as regras e regulamentos rigorosos que regem os líderes religiosos estrangeiros na Dinamarca tornaram impossível continuar seu ministério nas Ilhas Faroé. Sua decisão de deixar sua paróquia é vista por alguns como um sinal da crescente secularização na Dinamarca e na Europa em geral.

“É uma declaração silenciosa, mas poderosa, de que a Dinamarca já não é mais um país cristão”, afirmou.

Por fim, a saída de Fleetwood levanta questões sobre o ambiente religioso e a liberdade religiosa em países europeus. Sua paróquia nas Ilhas Faroé foi deixada sem um padre permanente, destacando os desafios enfrentados pelas comunidades religiosas quando líderes religiosos estrangeiros optam por partir devido a questões legais e burocráticas. 

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