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ONU aponta que violência hindu na Índia já deslocou 50.000 e atingiu 200 igrejas

Relatora Especial da ONU expressa sua esperança que recente crise em Manipur seja a última do tipo.

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Evento na ONU sobre a crise dos direitos humanos na Índia (Foto: Reprodução/WEA)

Durante um evento realizado no dia 19 de setembro na sede da ONU, em Genebra, na Suíça, a Relatora Especial da ONU sobre Violência contra Mulheres e Meninas, Reem Alsalem, expressou sua esperança de que a crise em Manipur, que resultou em cerca de 200 mortes, seja a última do tipo.

Nesse sentido, Alsalem e outros três especialistas falaram sobre a violência que assolou Manipur, bem como sobre a violência recente contra muçulmanos nos estados de Haryana e Gurugram, no norte da Índia.

De acordo com Evangelical Focus, o evento, organizado pela Aliança Evangélica Mundial (WEA) em parceria com uma coalizão multirreligiosa representando organizações cristãs, muçulmanas e hindus, ocorreu às margens da sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU e atraiu grande atenção.

O evento começou com uma apresentação em vídeo de Nury Turkel, Comissário da Comissão dos EUA sobre Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF). Ele descreveu a magnitude da crise em Manipur, onde 50.000 pessoas foram deslocadas, quase 200 foram mortas, com inúmeros casos de violência sexual contra mulheres e mais de 200 igrejas e duas sinagogas queimadas ou danificadas.

Desse modo, Turkel afirmou que discursos de ódio têm sido usados para justificar atrocidades generalizadas e que o governo indiano tem buscado controlar o discurso público sobre a situação, apresentando acusações criminais contra quatro jornalistas que relataram os eventos em Manipur.

Como resultado, a USCIRF recomendou que o Departamento de Estado dos EUA identificasse a Índia como um País de Preocupação Particular. Florence Lowe, presidente fundadora da North American Manipur Tribal Association (NAMTA), compartilhou histórias angustiantes sobre o sofrimento das tribos que residem em Manipur, incluindo membros de sua própria família.

Mesmo com 6.500 queixas policiais apresentadas, o governo e a polícia ainda não prestaram o devido auxílio às vítimas. Alsalem descreveu as ações da multidão como “guerra, subjugação e punição por motivos religiosos e étnicos”. Ela disse que seu escritório solicitou informações ao governo indiano sobre as respostas das forças de segurança e do sistema de justiça indiano.

“Essas tragédias podem ser uma oportunidade para reverter situações e abordar causas subjacentes”, concluiu.

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