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Mulheres são punidas por orarem em voz alta em prisão na Nicarágua
Cristãs nicaraguenses sofrem abusos e perseguição religiosa.
Segundo um relatório da Christian Solidarity Worldwide (CSW), cristãs presas injustamente na Nicarágua foram espancadas e privadas de tempo ao ar livre por orarem. O relatório surge após o Grupo de Especialistas em Direitos Humanos da ONU sobre a Nicarágua (GHREN) documentar o aumento da perseguição governamental aos cristãos.
Nesse sentido, essas perseguições incluem falsas prisões de pastores e padres, confisco de igrejas e outras propriedades e cancelamento de organizações vinculadas às igrejas. Também inclui discurso de ódio através de canais governamentais que incitaram violência contra cristãos. As mulheres na Penitenciária Holística para Mulheres, em Tipitapa, Manágua, têm sido impedidas de sair ao ar livre e espancadas durante interrogatórios.
Desse modo, entre as detentas está Olesia Auxiliadora Muñoz Pavon, diretora do coral católico e líder leiga da Paróquia Santa Ana em Niquinohomo, Masaya. Ela ganhou reputação por cantar hinos na prisão durante uma prisão anterior em 2018 e 2019 por acusações falsas. Os prisioneiros políticos, em particular, são privados de Bíblias. A CSW cita isso como uma violação das Regras Mínimas das Nações Unidas para o Tratamento de Prisioneiros, conhecidas como Regras Mandela.
Denúncia de perseguição religiosa
Além disso, os especialistas em direitos humanos da ONU, em seu relatório de 29 de fevereiro, observaram a criminalização de vários líderes evangélicos. O pastor Wilber Alberto Perez foi condenado a 12 anos de prisão por suposto tráfico de drogas, expulso do país e privado arbitrariamente de sua nacionalidade em fevereiro de 2023. Perez estava envolvido em uma campanha para libertar prisioneiros políticos.
Segundo Baptist News, catorze pastores evangélicos, sendo 11 nicaraguenses e três americanos, foram presos em dezembro de 2023. Eles sofreram acusações de lavagem de dinheiro por seu trabalho através da Mountain Gateway Order, Inc., um ministério evangelístico e humanitário. Dessa forma, os advogados dos pastores foram impedidos de acessar documentos acusando os réus de crimes, e todos os 14 permanecem presos.
Por fim, a Comissão dos Estados Unidos para a Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF) se uniu à CSW e ao GHREN na defesa dos prisioneiros detidos injustamente e negados tratamento humano. Assim, o relatório do grupo da ONU “é outro exemplo alarmante das violações contínuas e graves do governo nicaraguense contra a liberdade religiosa e outras denominações cristãs”, escreveu o comissário da USCIRF, Stephen Schneck.
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