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Massacre de cristãos na Nigéria deixa 300 mortos e 28 igrejas destruídas

Os ataques dos Fulanis às comunidades cristãs tem como objetivo tomar terras.

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Cristãos participam de funerais em abril de 2019, na Nigéria. (Foto: Reprodução/Intersociety)

Nos últimos meses, a comunidade cristã da Nigéria tem enfrentado uma crescente onda de violência, resultando em um grande número de vítimas. Desde meados de maio, cerca de 300 cristãos foram massacrados em um condado do estado de Plateau, incluindo dois pastores mortos no último domingo. Esses ataques têm sido perpetrados por grupos armados que visam as comunidades cristãs.

No condado de Mangu, terroristas do grupo Fulani assassinaram o reverendo Shadrack Ayuba, da Igreja Assembleia de Deus da Nigéria, na vila de Ntin Kombun, e o reverendo Mangmwos Tangshak Daniel, da Convenção Batista da Nigéria, na vila de Kantoma. As informações foram relatadas pelo reverendo Timothy Daluk, da Associação Cristã da Nigéria (CAN).

Segundo o pastor Daluk, desde meados de maio, os terroristas Fulani mataram 300 cristãos, deslocaram 30.000 moradores, destruíram 28 igrejas e 2.000 casas, além de saquear 150 caminhões de grãos na área governamental de Mangu.

Moradores da vila de Ajin, próxima à cidade de Panya, relataram que, no domingo à noite, terroristas Fulani destruíram casas e uma igreja da Igreja de Cristo nas Nações (COCIN).

“Os cristãos sobreviventes dessa vila foram deslocados”, disse Moses Ayuba, morador local, em uma mensagem de texto ao Morning Star News.

O reverendo Emmanuel Haruna, presidente do Conselho da Igreja do Distrito de Mangu da Igreja Evangélica Vencedora de Todos (ECWA), informou que tinha conhecimento de 49 cristãos mortos por “terroristas e pastores Fulani” no condado de Mangu em 16 de maio.

Os relatos também revelam que mais de 200 cristãos foram mortos em ataques de pastores Fulani em várias aldeias do condado de Mangu entre os dias 15 e 17 de maio. Muitas das vítimas eram mulheres e crianças, sendo enterradas em uma vala comum.

A Nigéria liderou o mundo em cristãos mortos por sua fé em 2022, com 5.014 casos, de acordo com o relatório Lista Mundial de Perseguição de 2023 da Portas Abertas. O país também registrou o maior número de sequestros de cristãos, ataques a igrejas e casas, além de abusos físicos e psicológicos. A violência tem se espalhado para áreas cristãs no sul do país, antes consideradas mais seguras.

Os ataques dos Fulanis às comunidades cristãs são motivados pelo desejo de tomar as terras dos cristãos à força e impor o Islã, de acordo com líderes cristãos nigerianos. A desertificação tem tornado difícil para os Fulanis sustentarem seus rebanhos, levando a conflitos violentos.

Os líderes religiosos pedem intervenção do governo e das agências de segurança para conter a violência e proteger as comunidades cristãs do país. A situação é considerada uma perseguição religiosa, com violações dos direitos dos cristãos ocorrendo impunemente.

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