política
Lula defende aborto, ataca “pauta da família” e classe média
Ex-presidiário defendeu que mulheres devem ter o direito de abortar se não querem ter o filho.
O ex-presidiário Lula participou nesta terça-feira (5) de um debate promovido pela Fundação Perseu Abramo e a Fundação Friedrich Ebert, onde criticou a classe média, a elite brasileira e defendeu o assassinato de bebês em ventre materno (aborto).
“Nós temos uma classe média que ela é muito, ela ostenta um padrão de vida que nenhum lugar do mundo a classe média ostenta. Nós temos uma classe média que ostenta um padrão de vida que não tem na Europa, que não tem em muitos lugares, as pessoas são mais humildes. Aqui na América Latina, a chamada classe média ostenta muito um padrão de vida acima do necessário”, disse Lula.
Com sua visão comunista, onde tenta controlar os bens das pessoas, Lula defendeu limites para o consumo da classe média. Ele afirmou que as pessoas deveriam nascer e ter uma aula sobre os limites necessários para sobreviver.
“É uma pena que a gente não nasce e a gente não tem uma aula: o que que é necessário para sobreviver? Tem um limite que pode me contentar como um ser humano. Eu quero uma casa, eu quero casar, eu quero ter um carro, eu quero ter uma televisão, não precisa ter uma em cada sala. Uma televisão já tá boa”, enfatizou.
Embora ele mesmo ostente um padrão de vida muito acima do que lhe caberia como ex-presidente, ele listou o que seria básico para o brasileiro e defendeu imposição de limites.
“Eu quero um computador, eu quero um celular, ou seja, na medida que você não impõe limite, você faz com que as pessoas comprem um barco de 400 milhões de dólares e comprem um outro para pousar o seu helicóptero”, disse o petista.
Em seguida, Lula comentou sobre o aborto, defendendo que as mulheres devem ter o direito de “cuidar de não ter” o filho se não quiser ter e “não ter vergonha” de matar o bebê no ventre.
“Aqui no Brasil, as mulheres pobres morrem tentando fazer um aborto, porque é proibido, o aborto é ilegal”, disse. “Aqui ela (mulher) não faz porque é proibido, quando na verdade deveria ser transformado numa questão de saúde pública e todo mundo ter direito e não ter vergonha. Eu não quero ter um filho, eu vou cuidar de não ter meu filho”, ressaltou o ex-presidente.
Por fim, fez ressalvas a um dos temas que deve ser alvo de acaloradas discussões durante a campanha: “Essa pauta da família, a pauta dos valores é uma coisa muito atrasada — e ela é utilizada por um homem que não tem moral para fazer isso”, afirmou o petista, se referindo ao presidente Bolsonaro.
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