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Indicado por Bolsonaro, ministro do STF vota a favor de Lula

Colegiado decidiu dar acesso à defesa do ex-presidente as mensagens de autoridades.

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Kássio Nunes Marques
Kássio Nunes Marques (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) impôs na terça-feira (9) mais uma derrota contra a Lava Jato, beneficiando criminosos envolvidos no maior esquema de corrupção já visto, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contou com a ajuda do ministro Kássio Nunes Marques, indicado por Jair Bolsonaro.

Nunes Marques votou a favor do envio de mensagens obtidas por meios criminosos envolvendo o ex-juiz Sergio Moro e procuradores da Operação Lava Jato para a defesa do ex-presidente Lula. O ministro foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o lugar de Celso de Mello, que antecipou sua aposentadoria.

O ministro de Bolsonaro acompanhou o relator Ricardo Lewandowski, que, na semana passada, autorizou a defesa do condenado Lula a ter acesso ao material apreendido na operação Spoofing. Por 4 votos a 1, a Segunda Turma rejeitou o recurso de procuradores que integram a força-tarefa.

Votaram juntamente com o relator, Ricardo Lewandowski, contrário ao recurso, os ministros Nunes Marques, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes. Edson Fachin divergiu.

A Operação Spoofing foi deflagrada em julho de 2019 pela Policia Federal e prendeu hackers suspeitos de invadir celulares de autoridades, entre as quais o ex-juiz Sergio Moro e integrantes da força-tarefa da Lava Jato.

No ano passado, o ministro Ricardo Lewandowski concedeu uma decisão monocrática que permitiu à defesa do condenado Lula ter acesso às mensagens trocadas entre os procuradores e o ex-juiz.

Os advogados de Lula querem tentar anular os processos aos quais responde o ex-presidente na Justiça, usando assim o material obtido de forma criminosa. Lula já foi condenado com robustas provas no caso do triplex do Guarujá e do sítio em Atibaia, ambos em São Paulo.

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