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Igreja cubana busca sobreviver entre repressão e pandemia

Cristãos cubanos temem ainda mais repressão diante das ações tomadas pelo governo para conter o coronavírus.

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Cristão cubano. (Foto: Portas Abertas)

O governo de Cuba continua sua repressão contra a Igreja e outros setores da ilha em meio à crise dos coronavírus, impondo restrições às visitas de líderes religiosos estrangeiros, assediando pastores evangélicos cristãos, jornalistas e artistas.

Fontes locais, falando sob condição de anonimato, disseram ao Portas Abertas que, em alguns casos, visitantes estrangeiros que foram convidados por diferentes igrejas para vir ao país foram detidos brevemente e tiveram seus pertences confiscados.

As mesmas fontes explicaram que em uma ocasião um representante de uma das denominações evangélicas na ilha foi convocado por funcionários do governo e foi solicitado a explicar a fonte de vários presentes recebidos de doadores do exterior.

Os presentes em questão incluíam vários cartões de memória para computadores e 20 livros cristãos. Diz-se que o representante religioso tenha sido abusado verbalmente e intimidado por esses funcionários do governo.

Cuba é governada pelo Partido Comunista desde 1959, que visa fazer a sociedade (inclusive a igreja cristã) aderir aos valores e ideologia comunistas. Todos os cristãos, grupos ou igrejas cristãs que se opõem ou discordam do regime são importunados pelo governo e seus simpatizantes.

Além disso, pais cristãos foram punidos por educar em casa os filhos e a ideologia secularista, apoiada por representantes do governo, tornou-se mais influente na ilha.

O país está entre os países em observação, que não entraram na Lista Mundial da Perseguição 2020, mas pontuam o suficiente na pesquisa para chamar a atenção à situação do cristão perseguido no país. Cuba ocupa a 61ª posição nessa lista.

E agora, o vírus…

Em março, o governo cubano aprovou uma série de medidas para lidar com os casos de Covid-19 no país. As medidas incluem a limitação da atividade comercial e o uso de transporte público, além do fechamento de escolas.

Os líderes cristãos dizem que há preocupação entre os membros de suas congregações, bem como a população cubana como um todo, pela possibilidade de uma escassez adicional de alimentos durante esse período. Alguns itens básicos, incluindo produtos de higiene pessoal e produtos de limpeza, já são escassos há algum tempo.

“Os cubanos não podem cumprir uma quarentena neste exato momento. Muitas pessoas precisam sair para procurar comida. Já existe escassez de alimentos e a situação vai piorar”, disse, Diana Bilbao (nome alterado por motivo de segurança), membro de uma das maiores denominações evangélicas cristãs de Cuba.

“Os cubanos acreditam que o governo use excedente de alimentos para seu próprio benefício e não para os cidadãos”, disse ela. “Embora a igreja cubana seja muito criativa e tenha aprendido a depender da provisão direta de Deus, este é um novo desafio para o qual não sei se estamos realmente preparados”.

Os líderes religiosos também estão alertando sobre questões que podem surgir na área de comunicação, devido ao alto custo da internet. A única maneira de as igrejas permanecerem conectadas às suas congregações durante a quarentena é através de reuniões de oração online. Eles foram criados ao lado de vários grupos de ensino bíblico e de pastoral em várias aplicações digitais e nas mídias sociais.

Uma organização cristã internacional que atua em mais de 60 países apoiando os cristãos perseguidos por sua fé em Jesus

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