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Evangélicos tchecos lançam manual sobre violência doméstica

Aliança Evangélica Tcheca lança manual para resposta prática e pastoral às igrejas que lidam com vítimas e agressores domésticos.

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Pessoas caminhando em uma rua de Praga (Foto: Nick Night/Unsplash)

A Aliança Evangélica Tcheca (Czech Evangelical Alliance – CEA) lançou um manual chamado “Violência Doméstica e a Igreja”, com o objetivo de fornecer uma ferramenta para uma resposta prática e pastoral às igrejas que lidam com vítimas e agressores de violência doméstica. Várias pesquisas mostram que, na República Tcheca, até 16% das pessoas foram vítimas de violência doméstica.  

Em 91% dos casos, essas são mulheres, e esse número aumentou ainda mais durante os lockdowns. Uma em cada cinco mulheres tchecas sofreu algum tipo de violência doméstica. O conteúdo do manual não é totalmente produzido pela CEA, mas é uma adaptação de material em inglês da Restored UK, um ministério cristão especializado nessa área. 

Nesse sentido, o documento está dividido em três seções. Uma explica o que é abuso doméstico e analisa a situação atual na República Tcheca. A segunda seção, o núcleo do material, é um guia prático sobre como ajudar vítimas e agressores, “especialmente se eles também forem membros da igreja”. A última seção contém reflexões teológicas sobre o tema.

De acordo com a Evangelical Focus, a CEA realizará um seminário online em 15 de setembro “sobre como responder efetivamente a casos de violência doméstica, fornecer ajuda e apoio às pessoas afetadas e como evitar os erros mais comuns”. Haverá espaço para discussão aberta, e será apresentado um estudo de caso de como um caso específico foi tratado dentro da igreja. 

Assim, Jiří Unger, Secretário da CEA, apontou que é difícil admitir que a violência doméstica possa ocorrer nas igrejas, mas é vital que não fechar os olhos para esse fenômeno. Ele alertou que, “ironicamente, precisamente porque o casamento é tão sagrado e importante para a Igreja, é difícil falar sobre a questão da violência doméstica, e o estigma e a vergonha que a rodeiam a escondem”.

“Como respondemos a esses casos molda a cultura de nossas congregações e tem um grande impacto naqueles que experimentaram violência doméstica em nossas comunidades e congregações”, concluiu ele.

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