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Ditador Vladimir Putin é reeleito presidente da Rússia sem oposição

Presidente da Ucrânia acusou russo de simular eleições.

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Vladimir Putin (Foto: Reprodução/kremlin)

O ditador russo Vladimir Putin foi declarado reeleito presidente do país em uma disputa sem oposição neste domingo (17), gerando críticas de líderes globais. O autocrata recebeu 87,28% dos votos, garantindo mais seis anos à frente do país.

Governos e organizações classificaram o pleito como ilegítimo, alegando que foi realizado de forma não independente.

De acordo com as estatísticas oficiais, a participação nas eleições foi alta, com 73,3% dos russos comparecendo às urnas, marcando um recorde na história da Rússia pós-soviética.

Líderes internacionais expressaram preocupação e descontentamento com o resultado do processo eleitoral. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, publicou um vídeo no X, acusando Putin de “simular” eleições e buscando perpetuar-se no poder. Zelensky chamou o pleito de ilegítimo e sugeriu que Putin deveria ser julgado no Tribunal de Haia.

O porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou que as eleições “obviamente não foram livres e nem justas”, destacando a ausência de opositores de Putin na disputa presidencial.

O Ministério das Relações Exteriores da Polônia denunciou o pleito, descrevendo-o como realizado em meio a “extrema repressão contra a sociedade”, o que impossibilitou uma escolha livre e democrática.

Da mesma forma, o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha chamou o processo eleitoral na Rússia de “pseudo-eleição”, afirmando que o resultado “não surpreende ninguém” e criticando o governo de Putin por seu autoritarismo e uso de “censura, repressão e violência”. O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, também condenou o processo, argumentando que as urnas foram fechadas na Rússia após uma “realização ilegal” de eleições em território ucraniano, além da falta de escolha dos eleitores e da ausência de monitoramento independente da OSCE.

Na Rússia, a eleição contou com a participação de outros três candidatos além de Putin: Nikolay Kharitonov (Partido Comunista), Vladislav Davankov (Novo Povo) e Leonid Slutsky (Partido Liberal Democrático). No entanto, nenhum deles conseguiu alcançar votação expressiva, com Putin liderando com ampla vantagem, segundo dados oficiais.

A reeleição de Putin ocorre em meio a protestos realizados dentro e fora do país. A viúva de Alexei Navalny, Yulia Navalnya, liderou manifestações em Berlim, enquanto 65 pessoas foram detidas em protestos simultâneos em 16 cidades russas. Navalny, opositor de Putin, faleceu na prisão em 16 de fevereiro.

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